Ataque deixa 31 pessoas mortas na Síria em confronto atribuído ao Estado Islâmico

Observatório sírio de Direitos Humanos confirma que grupo atirou contra civis e militares enquanto procuravam “trufas” na zona rural de Hama; iguaria é rara e difícil de ser encontrada

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Em um novo ataque atribuído ao Estado Islâmico, ao menos 31 pessoas morreram neste domingo, 16, no centro da Síria. Segundo informações divulgadas pelo Observatório sírio de Direitos Humanos (SOHR na sigla em inglês), o grupo atirou contra civis e militares enquanto procuravam “trufas” na zona rural de Hama, cidade localizada ao norte de Damasco.

PUBLICIDADE

As vítimas eram do vilarejo de Al-Joumqaliyah. “O grupo jihadista matou 31 pessoas neste domingo quando coletavam trufas no deserto, no leste de Hama”, informou o Observatório à AFP, acrescentando que pelo menos 12 deles eram combatentes pró-regime. A contagem anterior somava 26 mortos.

Também neste domingo, em outro incidente, quatro pastores morreram na região síria de Deir Ezzor, no leste, às mãos de suspeitos jihadistas do Estado Islâmico, acrescentou o Observatório.

Trufas são iguarias raras do deserto sírio e vendidas por preços altíssimos. Foto: AFP/Divulgação

Desde fevereiro, mais de 200 pessoas, a maioria civis, foram mortas pelo grupo Estado Islâmico ou por vítimas de minas deixadas para trás pelos extremistas. Em março, oito coletores de trufas morrem após explosão de mina deixada pelo grupo terrorista quando o caminhão que os transportava na província de Deir Ezzor passou pelo artefato.

Publicidade

Iguaria rara

A iguaria é rara de ser encontrada e costuma ser colhida entre os meses de fevereiro e abril. É vendida na Síria por até US$ 25 (aproximadamente R$122) o quilo, em um país onde o salário médio mensal é de cerca de US$ 18 (cerca de R$88).

A trufa do deserto sírio é considerada uma das melhores do mundo e por ser difícil de achar, é vendida por preços altíssimos.

O grupo Estado Islâmico perdeu seus últimos territórios na Síria em março de 2019, após uma campanha militar apoiada por uma coalizão internacional sob comando dos Estados Unidos. No entanto, o grupo ultrarradical sunita continua presente no deserto e lança ataques regulares./ AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.