Confirmando os temores internacionais, dezenas de drones foram lançados do Irã em direção a Israel. O ataque já era esperado e foi identificado pela inteligência dos Estados Unidos, conforme divulgado pela imprensa americana nas últimas horas.
Horas antes da ofensiva iraniana, várias ações inflamaram as tensões entre os dois países, que trocam ameaças desde que ataques de Israel mataram líderes e dois generais iranianos da Guarda Revolucionária Islâmica.
No último dia 2, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, condenou o ataque, chamando-o de “desumano, agressivo e desprezível” e prometeu retaliação contra Israel. O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, também condenou a ação e advertiu que “o regime maligno sionista será punido”.
Tel-Aviv não assumiu a autoria do bombardeio em Damasco, mas várias autoridades israelenses confirmaram o seu envolvimento ao The New York Times.
Em resposta, o chanceler israelense, Israel Katz, na rede social X (antigo Twitter), advertiu que se o Irã atacasse diretamente o território israelense, o país reagiria.
Na mesma linha, o ministro da Defesa Yoav Gallant afirmou em conversas com autoridades americanas que haveria resposta em caso de ataque iraniano.
Israel intercepta 40 foguetes e drones do Hezbollah
Na sexta-feira, 12, o exército de Israel afirmou que interceptou projéteis lançados pela milícia radical xiita Hezbollah, apoiada pelo Irã, no norte do país.
Na ofensiva, não houve registro de morte ou feridos. Imagens que circulam nas redes sociais mostraram foguetes sendo abatidos pelo Domo de Ferro, sistema de defesa aérea israelense. Em nota, o Hezbollah assumiu a autoria do ataque com dezenas de foguetes Katyusha (linha desenvolvida pelo Exército Vermelho durante a 2ª Guerra) contra as posições do Exército de Israel.
Navio apreendido
Soldados da Guarda Revolucionária paramilitar do Irã apreenderam na manhã deste sábado uma embarcação ligada a Israel.
O navio é um cargueiro carregado com contêineres e estava perto do Estreito de Ormuz. A embarcação de bandeira portuguesa é associada à Zodiac Maritime, com sede em Londres, que integra o Zodiac Group do bilionário israelense Eyal Ofer.
Biden cancela folga
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que estava de folga em sua casa de praia, em Delaware, retornou à Casa Branca neste sábado,13, para se reunir com sua equipe de segurança horas antes do ataque iraniano.
Biden já tinha antecipado que os Estados Unidos estavam prontos para ajudar Israel. “Estamos dedicados a defender Israel. Apoiamos Israel. Vamos ajudar a defender Israel, e o Irã não terá sucesso”, concluiu.
Os EUA, juntamente com os seus aliados, enviaram algumas mensagens diretas a Teerã para alertar contra uma nova escalada do conflito.
Em paralelo, o conselheiro de segurança dos EUA, Jake Sullivan, conversou com autoridades de Israel para reforçar o “compromisso férreo de Washington com a segurança de Israel”.
O Pentágono também informou que o secretário da Defesa, Lloyd Austin, tinha conversado com o seu homólogo israelense para discutir ameaças regionais urgentes e deixou claro que Israel poderia contar com o apoio total dos EUA para defender Israel contra quaisquer ataques do Irã e dos seus representantes.
Países próximos fecham espaço aéreo, e Israel suspendeu aulas
Antes do ataque, autoridades israelenses emitiram comunicados cancelando aulas, excursões escolares e outras atividades e reuniões planejadas para os próximos dias, o início da festa da Páscoa no país.
Jordânia, Líbano, Iraque e Israel fecharam o espaço aéreo. A Autoridade Reguladora da Aviação Civil da Jordânia afirmou que o país tomou a medida temporariamente para garantir a segurança da aviação civil.
O presidente do Conselho de Comissários, Haitham Misto, disse que o tráfego aéreo na Jordânia foi afetado em consequência de uma interferência no sistema GPS, o que levou as aeronaves a utilizar sistemas alternativos.
Kuwait, Síria Iraque e Líbano também relataram alterações no tráfego aéreo civil devido a perturbações nos sistemas GPS. /COM AGÊNCIAS
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