BAMAKO – Um atentado suicida com pelo menos um veículo-bomba matou nove civis e deixou outros 60 feridos neste sábado, 22, na entrada do aeroporto de Sevaré, no centro do Mali. Outros 16 terroristas foram mortos e dois militares estão em estado grave.
O ataque ocorreu por volta das 5h da manhã, quando um veículo de dez toneladas explodiu com uma ou mais pessoas no interior na entrada do aeroporto, perto de um posto da polícia, segundo fontes locais afirmaram à agência de notícias EFE.
De acordo com testemunhas locais, a explosão do veículo destruiu parte dos edifícios ao redor. Segundo elas, durante o ataque foram ouvidas três fortes detonações seguidas de disparos intensos.
O aeroporto atacado é utilizado pelas forças civis e militares, e também pela missão da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) no Mali, a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (Minusma).
As autoridades da junta militar que está no poder no país ainda notificaram o atentado, mas não se pronunciaram sobre o número de mortos e feridos. O ataque foi qualificado como “complexo” pelas Forças Armadas do Mali. “A situação está sob controle desde os primeiros minutos. As incursões continuam. O Estado-Maior do Exército agradece à população de Sevaré e arredores pela assistência prestada aos civis vítimas das explosões”, acrescentou o comunicado.
As Forças Armadas recomendaram ainda que a população evite sair de casa e se reunir nas vias públicas para não prejudicar as operações militares na área afetada.
Ramadã
O ataque coincide com as celebrações do final do Ramadã, nas quais militares e policiais costumam tirar folgas para estar com as suas famílias.
Com a presença de grupos jihadistas leais ao Estado Islâmico e à Al Qaeda, o Mali sofre com a insegurança, com ataques terroristas semanais contra militares e civis. O país é governado por uma junta militar que está no poder após dois golpes de Estado, mas não controla algumas zonas do leste e do norte do país, onde operam estes grupos jihadistas e também milícias tuaregues./EFE