Atentado com homem-bomba deixa ao menos 19 mortos em escola no Afeganistão

Explosão ocorreu em uma região onde residem principalmente membros da comunidade Hazara

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Por Redação
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CABUL - Um homem-bomba matou pelo menos 19 pessoas, nesta sexta-feira, 30, ao detonar um explosivo em um centro educacional em Cabul, no Afeganistão. A informação foi divulgada pelo porta-voz da polícia, Khalid Zadran. Outros 27 ficaram feridos. A explosão ocorreu em uma escola na região de Dasht-e-Barchi, onde residem principalmente membros da comunidade Hazara, informou a mídia local.

“Os alunos estavam se preparando para um exame quando um homem-bomba atingiu a escola. Infelizmente, 19 pessoas foram martirizadas e outras 27 ficaram feridas”, disse Zadran. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram o cenário de destruição minutos após a explosão.

Integrantes do Taleban inspecionam local onde atentado ocorreu em Dasht-e-Barchi, em Cabul; ataque matou 19 pessoas  Foto: AFP

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Até o momento, nenhuma formação ou grupo terrorista reivindicou a responsabilidade por esses ataques, embora o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) - o principal rival do Talibã desde a tomada do Afeganistão em agosto de 2021 - tenha tradicionalmente essa minoria na mira.

O EI considera os xiitas apóstatas - pessoa que renuncia ou renega uma crença ou religião da qual fazia parte, e realizou vários ataques contra eles, especialmente visando locais de culto, como mesquitas.

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Em 10 de setembro, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas em duas explosões em Dasht-e-Barchi, enquanto o EI reivindicou a responsabilidade por um ataque com explosivos em uma mesquita xiita em 21 de abril, no qual 33 pessoas morreram e outras 43 ficaram feridas durante o Ramadã.

Naquela mesma semana, outras seis pessoas morreram e quinze ficaram feridas após um ataque com explosivos em vários centros educacionais da minoria xiita Hazara no oeste de Cabul.

Desde que chegaram ao poder em agosto passado, o Talibã lançou várias operações contra o EI em várias partes do país, com o intuito de mostrar que seu retorno também significou o fim da violência. A garantia de segurança e controle do jihadismo foi uma das grandes demandas do Talibã nos territórios sob seu controle durante a guerra com o governo deposto e as forças internacionais. /EFE e AFP

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