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Atirador de comício de Trump procurou informações sobre o assassino de Kennedy, diz chefe do FBI

Segundo Christopher Wray, Thomas Matthew Crooks realizou uma pesquisa no Google para saber a distância que Lee Harvey Oswald, o assassino de Kennedy, estava do então presidente em 1963

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Por Redação

O diretor do FBI, Christopher Wray, afirmou aos legisladores nesta quarta-feira, 24, que o atirador que tentou assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pesquisou informações sobre o assassino do ex-presidente americano John F. Kennedy uma semana antes de tentar matar o republicano.

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Segundo Wray, Thomas Matthew Crooks realizou uma pesquisa no Google para saber a distancia que Lee Harvey Oswald, o assassino de Kennedy, estava do então presidente em 1963.

“Essa é uma busca obviamente significativa em termos de seu estado de espírito”, disse Wray em uma audiência do Comitê Judiciário da Câmara. “Ele estava interessado em figuras públicas e – acho que isso é importante – a partir de cerca de 6 de julho, ele ficou muito focado no ex-presidente Trump e neste comício.”

O diretor do FBI, Christopher Wray, participa de uma audiência do Congresso americano em Butler, Pensilvânia  Foto: Manuel Balce Ceneta/AP

Arma

Durante a audiência, Wray afirmou também que o atirador disparou pelo menos oito tiros de um rifle tipo AR com coronha dobrável - uma característica da arma que pode explicar porqe testemunhas não relataram tê-lo visto carregando a arma antes de subir no telhado para lançar o ataque.

“Há muito trabalho em andamento e ainda muito trabalho a fazer”, disse Wray. “O atirador pode estar falecido, mas a investigação do FBI está em andamento.”

A audiência foi marcada antes da tentativa de assassinato, mas o ataque dominou a discussão em meio a preocupações com a violência política em um ano de eleições presidenciais.

Thomas Matthew Crooks se formou na Bethel Park School  Foto: Escola Bethel / AP

Ataque

O atirador, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, disparou contra Trump de um telhado fora do perímetro de segurança do comício, usando um rifle tipo AR. Um participante do comício foi morto, outros dois ficaram gravemente feridos e Trump, o candidato republicano nas eleições presidenciais deste ano, sofreu um ferimento de raspão na orelha.

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As falhas de segurança que permitiram ao atirador ter acesso a Trump no palco do comício levaram a múltiplas investigações do Serviço Secreto dos EUA, cujo diretora diretora, Kimberly Cheatle, renunciou na terça-feira sob pressão de legisladores republicanos e democratas.

Os investigadores do FBI apontaram que até agora não há indícios de que o atirador foi motivado por ideologia.

Drone

O diretor também afirmou que Crooks usou um drone horas antes do tiroteio para examinar a área próxima ao comício, mas não diretamente acima.

Questionado se o FBI acreditava que havia cúmplices no tiroteio, Wray respondeu: “Não neste momento, mas novamente a investigação está em andamento”./com The Washington Post

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