WASHINGTON - Líderes dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália se reunirão na Califórnia na segunda-feira, 13, onde devem fazer anúncios sobre submarinos nucleares e cooperação militar.
Joe Biden, Rishi Sunak e Anthony Albanese se encontrarão em San Diego, onde está localizada uma das maiores bases navais dos Estados Unidos, no âmbito da aliança dos três países conhecida como Aukus. A movimentação militar chinesa deve ser o principal tema da reunião.
Após 18 meses de deliberações, a Austrália deve anunciar seu plano de adquirir oito submarinos movidos a energia nuclear, no que Albanese chama de “o maior salto” do país na área de defesa.
Por um ano e meio, os três países negociaram nos bastidores a entrega de tecnologias nucleares sensíveis à Austrália, embora o país descarte a aquisição de armas nucleares.
O contrato do submarino vale dezenas de bilhões de dólares, mas especialistas estimam que sua importância vai além dos empregos gerados e dos investimentos prometidos.
Os veículos movidos a energia nuclear são difíceis de detectar, podem viajar grandes distâncias por longos períodos de tempo e podem transportar mísseis de cruzeiro sofisticados.
Pequim expressou sua oposição ao projeto que considera “perigoso” e que visa “encurralar” a China.
A Aukus é uma aliança militar tripartite entre a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos que busca compartilhar tecnologias militares e outros avanços tecnológicos.
Embora “cada país tenha um raciocínio diferente em relação aos Aukus, o encontro vai ter a China como principal assunto”, dado “o crescimento exponencial de seu poderio militar e suas posições mais agressivas na última década”, diz Charles Edel, do Centro de Políticas Estratégicas e Estudos Internacionais em Washington.
A aliança quer reafirmar a presença dos três países na estratégica região Ásia-Pacífico, que vai da costa leste da África ao oeste dos Estados Unidos, por onde passa e cresce grande parte do comércio mundial. a influência chinesa.
Pequim, que há anos se movimenta para anexar Taiwan à força, acaba de aprovar um aumento de 7,2% em seu orçamento de Defesa para 2023, o maior desde 2019. | AFP
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