Autoridades russas prometem lealdade a Putin; presidente permanece em Moscou

Diversos políticos postaram declarações nas redes sociais afirmando que o governo de Putin será vitorioso no desmantelamento da rebelião armada

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Por Redação
Atualização:

Apesar de as tropas do Grupo Wagner afirmarem que estão marchando em direção a Moscou neste sábado, 24, diversos oficiais do exército russo e políticos ligados ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressaram apoio ao líder russo.

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Diversos políticos postaram declarações nas redes sociais afirmando que o governo de Putin será vitorioso no desmantelamento da rebelião armada.

O ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, que se transformou em linha dura durante a guerra na Ucrânia, disse que o meio mais importante para derrotar “o inimigo externo e interno” era “unir-se em torno do presidente, o comandante supremo das forças armadas do país”.

O presidente russo, Vladimir Putin, é visto em monitores enquanto se dirige à nação depois que Ievgeni Prigozhin, líder do Grupo Wagner convocou uma rebelião armada Foto: Pavel Bedniakov / AP

Roman Starovoit, governador da região de Kursk, uma área na fronteira com a Ucrânia que sofreu ataques esporádicos durante os combates, disse que a guerra é a principal tarefa em mãos. “O principal inimigo fora de nossas fronteiras está bombardeando cidades em nossa região”, disse Starovoit. “Isso é o que precisa ser combatido.”

Ramzan Kadirov, o combativo governante da Chechênia, prometeu comprometer sua própria milícia privada, estimada em cerca de 20 mil soldados, para reprimir a insurgência. Embora alguns deles tenham lutado na Ucrânia, Kadirov tem um histórico de proclamar um papel mais ativo do que realmente desempenha.

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Não havia sinal de que qualquer figura central estivesse do lado de Ievgeni Prigozhin - o líder do Grupo Wagner cujas forças no sábado reivindicaram o controle da cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e ameaçavam marchar para Moscou.

No início deste ano, Sergei Mironov, chefe do partido “Uma Rússia Justa” no Parlamento, posou orgulhosamente com uma marreta que Prigozhin lhe havia enviado. A marreta tornou-se um símbolo do grupo mercenário depois que Prighozin usou uma para executar publicamente um ex-combatente considerado um traidor.

Mas no sábado Mironov estava mantendo distância.

“Não permitiremos que o inimigo tenha a menor chance”, disse ele em um comunicado. “Nosso país está lutando por seu futuro.”

Membros do grupo Wagner sentam-se em cima de um tanque em uma rua na cidade de Rostov-on-Don, em 24 de junho de 2023 Foto: STRINGER / AFP

Mark Galeotti, um especialista em serviços militares e de segurança russos, disse em uma entrevista que qualquer um que considere apoiar Prigozhin provavelmente está esperando por um momento melhor para demonstrar apoio.

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“A única maneira de isso ter sucesso agora é tomando o poder no país”, disse ele. “As pessoas que podem simpatizar com a crítica de Prigozhin à guerra na Ucrânia estão dispostas a uma guerra civil?”. Traição ou adesão a uma rebelião armada implica em penas de até 20 anos de prisão, observou Galeotti.

“É tudo uma questão de ímpeto e, no momento, o ímpeto político está com o estado”, disse ele.

Grupo Wagner chega a Lipetsk

Membros do grupo paramilitar Wagner entraram na região russa de Lipetsk, a 400 km de Moscou, segundo às autoridades locais, confirmando o avanço dos combatentes para a capital russa.

“As autoridades estão tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança da população. A situação está sob controle”, afirmou o governador da região Igor Artomonov.

Os veículos do grupo mercenário trafegam por rodovias federais e parecem evitar centros urbanos, muitos dos quais fortificados pelos militares locais.

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Pessoas se reúnem em uma rua enquanto combatentes do Grupo Wagner são posicionados perto da sede do Distrito Militar do Sul, na cidade de Rostov-on-Don, Rússia Foto: Stringer/ REUTERS

Putin segue em Moscou

Após rumores de que teria saído de Moscou, o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitri Peskov, afirmou que Putin continua trabalhando na capital russa.

Segundo o site de monitoramento aéreo, o avião presidencial da Rússia havia saído de Moscou com destino a São Petersburgo./The NY Times e AFP

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