BOGOTÁ - A companhia aérea colombiana Avianca antecipou para esta quinta-feira, 27, a suspensão dos seus voos saindo e chegando da Venezuela, que inicialmente valeria a partir de 16 de agosto, diante da delicada situação no país vizinho, informou a empresa.
"Em razão das limitações operacionais e de segurança registradas nas últimas horas, a Avianca se vê na obrigação de suspender a partir de hoje suas operações na Venezuela, e não a partir de 16 de agosto como estava previsto", afirmou a companhia aérea em comunicado.
A Avianca tinha anunciado na véspera que, por "dificuldades operacionais", em meados de agosto suspenderia os voos entre Bogotá e Caracas e entre Lima e a capital da Venezuela, pondo fim a mais de 60 anos de operações nesse país, mas o agravamento da crise levou a antecipação da medida.
"Isto inclui o fechamento da venda de passagens nas rotas que conectam Caracas com Bogotá e Lima", acrescentou a empresa no comunicado.
Segundo explicou na quarta-feira a companhia aérea, a medida "se sustenta na necessidade de adequar vários processos aos padrões internacionais, melhorar a infraestrutura aeroportuária na Venezuela e garantir a consistência nas operações".
A suspensão dos voos afeta a conectividade aérea da Venezuela, de onde já se retiraram várias companhias aéreas, uma vez que a Avianca tem uma participação de mercado de 59% na rota Bogotá-Caracas-Bogotá e de 77% na Lima-Caracas-Lima.
Segundo a empresa, os viajantes com voos programados para esta semana serão acomodados em "outras companhias aéreas, de acordo com a disponibilidade".
"Os viajantes com reserva que não forem reacomodados serão reembolsados em 100% do valor pago por suas passagens", acrescenta o comunicado, que destaca que esta medida está "destinada a preservar a segurança".
Em 30 de junho, a companhia americana United Airlines fez seu último voo partido da Venezuela. GOL, Latam e Lufthansa deixaram de operar rotas para o país em 2016, enquanto que a Alitalia suspendeu seus voos para Caracas em 2015. Air Canada e Aeroméxico foram as primeiras companhias aéreas a deixarem de voar para o país, ainda em 2014.
Outras empresas que ainda operam no país caribenho, como American Airlines, TAP, Air France e Iberia, reduziram drasticamente a frequência de voos e cortaram rotas com pouca procura para chegar e sair ao país. / EFE e AFP
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