Lesly e Soleiny, duas das quatro crianças que sobreviveram sozinhas por 40 dias na Floresta Amazônica colombiana após a queda de um avião, fizeram desenhos em homenagem a Wilson, o cão que desapareceu durante as buscas por sobreviventes do acidente. As imagens foram divulgadas pelas Forças Militares da Colômbia, neste domingo, 11, no Twitter.
“Enquanto o nosso Comandante #GeneralGiraldo visitou e recebeu um relatório sobre a evolução da saúde dos pequeninos que estão se recuperando em @HOMILCOL e lhes dava alguns detalhes; Lesly e Soleiny deram a ele alguns desenhos que fizeram para o amigo dWilson.”, escreveu o órgão oficial. “Este desenho representa a esperança de todo um país”, complementou.
Um dos desenhos mostra montanhas, sol e nuvens acima da floresta, com árvores, grama verde, flores, um rio e o cachorro Wilson. Outro mostra uma árvore, uma flor, o cachorro Wilson, uma menina e a bandeira da Colômbia. A ilustração tem as palavras “siempre bendosida” (sempre abençoado, em português).
Autoridades da Colômbia confirmaram no sábado, 10, que vão continuar procurando Wilson, o cão farejador que ajudou a procurar as quatro crianças desaparecidas desde 1º de maio e que desapareceu durante a operação. “A busca ainda não terminou. A nossa premissa: ninguém é deixado para trás. Os soldados continuam a operação para encontrar Wilson”, disse o Exército em sua conta no Twitter.
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Lesly Mukutuy, de 13 anos e Soleiny Mukutuy, de 9, são irmãos de Tien Noriel Ronoque Mukutuy, 4, e o bebê Cristin Neruman Ranoque, de um ano. Eles permaneceram durante 40 dias perdidos na floresta, após o avião em que estavam cair, no dia 1º de maio. As crianças foram encontradas em um local remoto entre os departamentos de Caquetá e Guaviare. O acidente matou a mãe, o piloto e outro adulto, cujos corpos foram encontrados duas semanas depois.
Quando a notícia da descoberta das crianças foi divulgada, as redes sociais explodiram em festa e muitas pessoas destacaram o trabalho de Wilson, um pastor alemão malinois que, no entanto, se perdeu durante o rastreio, se afastando da tropa, e que ainda não foi encontrado.
Carlos Villegas, membro da Defesa Civil que trabalhou na busca pelas crianças, disse à Blu Radio que Wilson foi fundamental para encontrar as crianças. De acordo com Villegas, o cão foi quem “deu pistas” sobre o paradeiro das crianças. “Ele olhava para nós e queria nos dizer algo, mas saía e voltava para a selva”./Com EFE
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