Avião viola espaço aéreo da capital dos EUA e é perseguido por caça

Autoridades militares americanas não receberam respostas por rádio da aeronave

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Por Redação
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Um jato executivo violou o espaço aéreo de Washington D.C., capital dos Estados Unidos, na tarde deste domingo, 4. Após não receber respostas por rádio da aeronave, autoridades militares americanas enviaram um caça para perseguir o avião, que acabou caindo em uma região montanhosa pouco povoada no estado da Virgínia.

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O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad) disse em comunicado que o caça F-16 foi autorizado a viajar em velocidades supersônicas, o que causou um estrondo na região sobrevoada e assustou moradores locais. Sites de rastreamento de voo mostraram que o jato sofreu uma rápida descida em espiral.

Segundo comunicado oficial, os caças americanos causaram um estrondo na capital dos Estados Unidos enquanto tentavam alcançar o Cessna Citation, que pode transportar de sete a 12 passageiros.

Um caça F-16 foi autorizado a perseguir o avião Foto: David Zalubowski/AP

Fontes familiarizadas com o assunto disseram à agência de notícias Reuters que o Cessna estava no piloto automático e não respondeu às tentativas de contato das autoridades americanas. Também disseram que quatro pessoas estavam a bordo da aeronave.

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O avião estava registrado no nome da empresa Encore Motors, de Melbourne (estado da Flórida). Uma mulher que se identificou como Barbara Rumpel, a presidente da companhia, não quis comentar o assunto. O jato era do modelo Citation, da fabricante americana Cessna, que costuma ter capacidade para 12 passageiros.

O avião havia saído da cidade de Elizabethton, no Tennessee, e tinha como destino o aeroporto MacArthur, em Long Island (Estado de Nova York), segundo a FAA (Federal Aviation Administration, a agência reguladora do setor aéreo americano). Ainda não há informações de quantas pessoas estavam a bordo nem se há sobreviventes.

O presidente Joe Biden estava jogando golfe quando o caça decolou. Segundo o porta-voz do Serviço Secreto dos EUA, Anthony Guglielmi, o incidente não teve impacto na rotina de Biden.

O estrondo provocado pelos caças em Washington assustou a população da capital. Nas redes sociais, os relatos são de que o barulho pareceu sacudir o chão e as paredes. Pessoas nos estados de Virgínia e Maryland também relataram acontecimentos similares.

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De acordo com o Washington Post, dados do serviço de rastreamento de voos Flightradar24 mostram a trajetória de um avião que corresponde à descrição do Cessna Citation passando sobre Washington. A transmissão dos dados da aeronave em questão termina em Staunton, na Virgínia.

O espaço aéreo de Washington é restrito e protegido por rigorosas medidas de segurança devido à presença das instituições mais importantes dos EUA, como a Casa Branca, sede da Presidência, o Capitólio, sede do Legislativo federal, e o Pentágono, sede da Defesa. Qualquer incidente aéreo na capital americana, portanto, gera uma resposta imediata das forças de segurança. Neste domingo, essa resposta se deu por meio do envio das aeronaves militares lançadas para interceptar o suposto invasor.

Embora raros, incidentes envolvendo pilotos não responsivos não são inéditos. Nos EUA, o jogador de golfe Payne Stewart morreu em 1999 junto com outras quatro pessoas depois que a aeronave em que ele estava atravessou milhares de quilômetros com o piloto e os passageiros inconscientes. O avião acabou caindo no estado da Dakota do Sul, sem sobreviventes.

Outro episódio ainda mais grave ocorreu na Grécia, em 2005. Um Boeing 737 da companhia cipriota Helios colidiu com uma montanha nas proximidades de Atenas. Antes da colisão, em que as 121 pessoas a bordo morreram, o avião havia perdido o contato com a torre de controle, que então enviou dois caças F-16 para escoltá-lo.

Pouco tempo depois, a Aeronáutica grega informou à torre do aeroporto internacional ateniense que o Boeing tinha explodido nas montanhas. Investigações posteriores concluíram que, devido a uma despressurização da aeronave, toda a tripulação estava inconsciente durante o voo. / AFP, AP e W.POST

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