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Barcelona planeja subir imposto para turistas que passam menos de 12 horas na cidade

Em entrevista ao jornal ‘El País’, prefeito Jaume Collboni não revelou de quanto será o aumento; neste mês, milhares de moradores de Barcelona protestaram contra o excesso de turistas na cidade

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Por Redação

O prefeito de Barcelona, Jaume Collboni, afirmou em entrevista ao jornal El País que pretende aumentar a taxa paga pelos turistas que visitam a cidade de cruzeiro e ficam menos de 12 horas.

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Neste mês, milhares de moradores de Barcelona protestaram contra o excesso de turistas na cidade. Os manifestantes carregavam placas com frases como ”Turistas, vão para casa”.

A grande queixa dos moradores é de que o turismo inflacionou o custo de vida para os locais, enquanto a receita dos visitantes não tem sido distribuída de maneira justa pela cidade. No ano passado, quase 26 milhões de pessoas visitaram a região.

Manifestantes colocam um cordão simbólico na janela de um bar-restaurante durante um protesto contra o turismo de massa na alameda Las Ramblas, em Barcelona Foto: Josep Lago / AFP

Hoje, a taxa para turistas que visitam a cidade por meio de cruzeiros é de 7 euros. Collboni não revelou o valor da nova taxa. Disse apenas que a prefeitura realiza estudos.

Na entrevista ao El País, Collboni reconheceu a importância do turismo para cidade, mas disse que está “determinado a combater as consequências da massificação turística sobre a cidade”.

“Isso significa ir até o fim com a proibição dos apartamentos turísticos em 2028. Também vamos propor (...) aumentar substancialmente a taxa” para os passageiros de cruzeiro que ficam menos de 12 horas, afirmou ao jornal.

Movimento global

A cidade de Barcelona não está sozinha em sua irritação com os visitantes. Locais no Japão, Indonésia, Grécia, Itália e Holanda também tomaram medidas para conter influxos no último ano.

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No Japão, uma cidade tentou instalar uma enorme barreira em um ponto turístico popular em frente ao Monte Fuji para impedir que turistas tirassem selfies e causassem congestionamentos.

No ano passado, o governo grego impôs um novo sistema de ingressos com horário marcado para a antiga Acrópole, Patrimônio Mundial da Unesco, junto com um limite de visitantes de 20 mil por dia.

Veneza experimentou cobrar taxas extras dos turistas, enquanto Amsterdã restringiu a construção de novos hotéis./ Com The Washington Post

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