Naufrágio de barco de pesca em Moçambique deixa 96 mortos

Parte dos viajantes tentavam fugir de Lunga para a Ilha de Moçambique com medo de serem contaminadas pela cólera, que tem afetado a região

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Por Redação
Atualização:

Pelo menos 96 pessoas, incluindo crianças, morreram em um naufrágio no domingo, 7, depois que um barco de pesca que transportava 130 pessoas virou na costa norte de Moçambique. Autoridades seguiam com as buscas por sobreviventes nesta segunda-feira, 8.

“Encontramos mais cinco (corpos) nas últimas horas, o que eleva o balanço a 96 mortos”, afirmou Silverio Nauaito, administrador da Ilha de Moçambique, na província de Nampula, onde aconteceu a tragédia. “Os últimos corpos identificados são os de três crianças”, disse Nauaito. Não é fácil dizer com precisão quantos estão desaparecidos, a busca continua.”

O barco — que operava entre Lunga, na província de Nampula, e a Ilha de Moçambique — estava superlotado. Algumas pessoas viajavam para participar numa feira enquanto outras tentavam “fugir de Lunga para a Ilha de Moçambique com medo de serem contaminadas pela cólera, que tem afetado aquela região nos últimos dias”, noticiou um veículo local.

Barco de pesca virou na costa norte de Moçambique após ser atingido por uma onda, de acordo com informações preliminares.  Foto: Televisão de Moçambique/Divulgação via REUTERS

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O país da África Oriental registrou 14.877 casos da doença e 32 mortes desde outubro passado, segundo o último números publicados pelo governo. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Moçambique sofre atualmente o “maior surto de cólera dos últimos 25 anos”.

Informações preliminares indicam que o barco virou após ser atingido por uma onda. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram dezenas de corpos deitados numa praia da ilha.

Corpos encontrados no mar foram cobertos com roupas e colocados na beira a praia.  Foto: Televisão de Moçambique/Divulgação via REUTERS

“Devido ao fato de o barco estar superlotado e não ser adequado para o transporte de passageiros, acabou afundando”, afirmou o secretário de Estado de Nampula, Jaime Neto./AFP e EFE.

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