WASHINGTON - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja nomear o diplomata Antony Blinken como secretário de Estado. A decisão é vista pelos analistas como uma possível retomada do multilateralismo pelo governo norte-americano, após o afastamento de aliados tradicionais durante o governo Donald Trump.
Blinken, de 58 anos, é um dos principais colaboradores do Partido Democrata em termos de política externa. O diplomata foi o número dois do Departamento de Estado durante o governo Barack Obama, quando Biden era vice-presidente.
Se for confirmado pelo Senado, Blinken substituiria Mike Pompeo como chefe da diplomacia americana. Com Pompeo à frente, o Departamento de Estado manteve relações intransigentes com a China e pressão sobre o Irã.
Ainda de acordo com analistas, a designação de Blinken poderia contribuir para tranquilizar aliados tradicionais dos EUA, deixados de lado - e muitas vezes insultados - por Pompeo.
Nascido em Nova York, Blinken tem fortes vínculos com a Europa. O diplomata frequentou a escola secundária em Paris, onde seu padrasto - um sobrevivente do holocausto - exercia a advocacia.
Outros nomes
De acordo com o chefe-de-gabinete de Biden, Ron Klain, o presidente eleito nomeará os primeiros membros de seu governo na terça-feira. "Verão as primeiras escolhas do presidente eleito para seu gabinete na terça-feira desta semana", disse Klain, no domingo, à rede americana ABC.
O jornal The Washington Post e outros meios de comunicação informaram que o posto de conselheiro de segurança nacional será entregue a Jake Sullivan, outro assessor veterano de Biden.
Já o cargo de embaixador dos EUA na ONU deve ser entregue a Linda Thomas-Greenfield, que era a responsável pela África no Departamento de Estado durante a administração Obama.
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