O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu nesta quarta-feira, 12, com a líder da oposição de Belarus no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, em Vilnius, onde estava sendo realizada a cúpula da OTAN dedicada principalmente à guerra na Ucrânia, informou a Casa Branca.
Tikhanovskaya, cujo marido está preso em Belarus, tornou-se na eleição presidencial de 2020 — cujos resultados foram contestados — a principal oponente em seu país, que é governado com mão de ferro pelo ditador Alexander Lukashenko desde 1994.
Como milhares de seus compatriotas, ela foi forçada ao exílio após as eleições para escapar da repressão exercida pelas autoridades.
Durante a reunião, Biden expressou “o compromisso contínuo dos Estados Unidos com a defesa e o avanço dos direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e eleições livres e justas em Belarus”, disse a Casa Branca em um comunicado.
A reunião ocorreu depois que Lukashenko atuou como mediador no mês passado entre o presidente russo Vladimir Putin e o chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Ievgeni Prigozhin, para chegar a um acordo que pôs fim à rebelião paramilitar na Rússia.
Há poucos dias, Tikhanovskaya alertou que seu marido, Sergey Tikhanovsky, pode ter morrido na prisão.
O marido da líder da oposição foi condenado em dezembro de 2021 a 18 anos de prisão, uma sentença vista por alguns como vingança política por desafiar Lukashenko.
Biden também se reuniu com a primeira-ministra da Lituânia, Ingrida Simonyte, com quem enfatizou a “forte relação bilateral” entre os dois países.
O presidente dos EUA chegou na noite de quarta-feira à Finlândia, membro da OTAN desde abril, para uma visita de 24 horas. Lá, ele encerrará sua turnê europeia, que, antes de Vilnius, o levou a Londres.
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