O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que Washington está monitorando a situação na Rússia e que conversou com autoridades do G-7 sobre a rebelião armada em Moscou.
“Os Estados Unidos permanecerão em estreita coordenação com aliados e parceiros à medida que a situação continuar a se desenvolver”, escreveu ele no Twitter.
Em particular, no entanto, autoridades americanas disseram ao New York Times que a rebelião, liderada por Yevgeny V. Prigozhin, fundador do grupo mercenário Wagner, enfraqueceu a posição do presidente russo, Vladimir Putin, e injetou novas incertezas potencialmente perigosas nas negociações de Washington com Moscou.
A situação é ruim para Putin sob qualquer cenário, disse um alto funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato para discutir a situação de segurança que se desenvolve rapidamente.
Qualquer ameaça direta ao poder de Putin depende do apoio dos principais comandantes russos e oficiais de segurança, como o general Sergei Surovikin, vice-comandante da campanha do Kremlin na Ucrânia, e Aleksandr Bortnikov, chefe de espionagem doméstica da Rússia, disse o oficial.
Na sexta-feira, o general Surovikin pediu aos combatentes de Wagner que desistissem de sua oposição à liderança militar e retornassem às suas bases.
“Peço que parem”, disse ele em uma mensagem de vídeo postada no Telegram. “O inimigo está apenas esperando que a situação política interna piore em nosso país.”
Ministros de relações exteriores do G-7 se reúnem para discutir assunto
De acordo com o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Joseph Borrell, os ministros das Relações Exteriores do G-7 se reuniram para “trocar pontos de vista sobre a situação da Rússia”.
O governo alemão confirmou que sua ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, acaba de realizar “entrevistas sobre a situação” com seus homólogos das potências do G-7.
Putin conversa com Erdogan
O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu “total apoio” de seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, no sábado, durante uma conversa telefônica sobre a rebelião armada do Grupo Wagner na Rússia, informou o Kremlin.
Durante sua ligação com Erdogan, que em 2016 foi alvo de uma tentativa de golpe, Putin “deu informações sobre a situação no país em relação a uma tentativa de rebelião armada”, disse o Kremlin em comunicado.
O presidente turco “expressou o seu total apoio às medidas tomadas” por Putin, segundo a mesma fonte./The New York Times e AFP
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