Autoridades federais e a Boeing estão investigando o que levou um 737 Max da Southwest Airlines a realizar um raro movimento de vaivém conhecido como “Dutch Roll” durante um voo no dia 25 de maio. Não houve feridos no voo 746, onde havia 175 passageiros e seis tripulantes, e, de acordo com a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), a tripulação “recuperou o controle” e o avião pousou com segurança em Oakland, na Califórnia. As informações são da CNN.
De acordo com a emissora americana, o relatório preliminar da FAA classificou o ocorrido como “acidente” e uma inspeção revelou danos à unidade de controle de potência, que controla o leme - mas não está claro se a unidade danificada causou ou foi resultado do movimento do avião. A aeronave voltou a voar após o incidente apenas para ser transferido para uma instalação da Boeing no estado de Washington.
A Boeing não comentou o caso após pedido da CNN. A Southwest disse à emissora que encaminhou o incidente à FAA e ao National Transportation Safety Board (NTSB) e que está participando e apoiando a investigação. A CNN também entrou em contato o NTSB, que confirmou que abriu uma investigação sobre o incidente.
Kathleen Bangs, analista de segurança da aviação e ex-piloto de avião, explicou à CNN que, no voo, os aviões podem girar ao longo de três eixos: nariz para cima e para baixo (inclinação); asas descendo ou levantando (roll); e a cauda mudando para a esquerda ou para a direita (guinada).
Segundo ela, os aviões comerciais fazem curvas usando uma combinação de roll e guinada coordenada pelos computadores da aeronave e possuem amortecedores para pequenos ajustes, mas, quando ocorre o “Dutch Roll”, o avião “rola” e guina excessivamente. Os passageiros então sentem o avião mudar de um lado para outro, em um movimento de vaivém. Bangs também disse à emissora que o movimento, considerado raro, “é muito obscuro” e “muito desconfortável”.
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