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Número de mortos em bombardeio aéreo de Israel em Beirute sobe para 37

Este foi o maior bombardeio israelense na capital do Líbano desde a guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006; comandante da milícia xiita radical libanesa foi morto no ataque

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Por Redação
Atualização:

O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, afirmou neste sábado, 21, que o número de mortos em um bombardeio aéreo israelense que ocorreu no subúrbio de Beirute na sexta-feira, 20, subiu para 37, incluindo sete mulheres e três crianças.

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Firass Abiad disse aos repórteres que 68 pessoas também ficaram feridas, das quais 15 permanecem no hospital. Este foi o maior ataque de Israel contra Beirute desde a última guerra entre Israel e a milícia xiita radical libanesa Hezbollah, em 2006.

O número de mortos inclui Ibrahim Akil, um comandante do Hezbollah que estava no comando das Forças de elite Radwan, assim como outros 15 membros do grupo que estavam se reunindo no porão do prédio que foi destruído. O Hezbollah também confirmou a morte de Ahmed Wahbi, outro oficial das Forças de elite Radwan.

Serviços de emergência usam uma escavadeira para procurar corpos em um prédio atingido por um bombardeio israelense no subúrbio de Beirute, Líbano  Foto: Bilal Hussein/AP

O ministério da Saúde do Líbano afirmou que 70 pessoas foram mortas desde terça-feira, por conta de bombardeios israelenses ou pelas explosões de pagers e walkie-talkies de integrantes do Hezbollah, ataque atribuído a Israel.

Ataque

O bombardeio israelense ocorreu a luz do dia, em um bairro densamente povoado no subúrbio de Beirute, enquanto pessoas voltavam do trabalho e alunos das escolas. Tropas libanesas isolaram a área, impedindo que as pessoas chegassem perto do prédio que caiu, enquanto membros da Cruz Vermelha Libanesa retiravam corpos dos escombros.

O Hezbollah, por sua vez, também lançou ataques contra o sul de Israel. Segundo o Exército israelense, o Hezbollah disparou cerca de 140 projéteis contra posições de Israel no norte e muitos mísseis foram interceptados. Grupos de resgate e de incêndio estavam trabalhando em Israel para extinguir os incêndios causados pelos ataques do Hezbollah. O grupo libanês apontou que seus foguetes atingiram sedes de duas divisões militares de Israel no norte e nas Colinas do Golan.

Serviços de emergência procuram por sobreviventes após um bombardeio israelense no subúrbio de Beirute, Líbano  Foto: Bilal Hussein/AP

Explosões de pagers e walkie-talkies

A troca de ataques entre Israel e a milícia xiita radical libanesa ficaram mais intensos após a explosão de pagers de integrantes do Hezbollah ao redor do Líbano na terça-feira, 17, em uma ação atribuída a Israel. Doze pessoas morreram no ataque e milhares ficaram feridas.

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Um dia depois de explosões simultâneas de pagers ,walkie-talkies usados pelos militantes do grupo também explodiram na quarta-feira, 18. Somadas as duas explosões, o número de mortos chegou a 37 e 3 mil ficaram feridas.

Em um pronunciamento na quinta-feira, 19, o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que o grupo irá retaliar contra Israel e não irá parar com os bombardeios no norte do país vizinho. “O inimigo cruzou todas as fronteiras e linhas vermelhas e enfrentará uma punição severa e justa.”

Nova fase

Israel não admitiu estar por trás das explosões de pagers e walkie-talkies do Hezbollah, mas o governo israelense sinalizou ao longo da semana que a guerra está mudando de foco. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse na quarta-feira que o centro da guerra de Israel está indo em direção ao norte, referindo-se ao Líbano.

Esperando por um contra-ataque do Hezbollah, o governo israelense fechou neste sábado, 21, o espaço aéreo no norte do país para voos privados. As restrições não se aplicam para voos comerciais, segundo o Exército de Israel.

Hezbollah e Israel trocam ataques desde o inicio da guerra entre Tel-Aviv e o grupo terrorista Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Após o ataque, o Exército israelense iniciou uma ofensiva em Gaza, que deixou mais de 40 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas e não diferencia civis de terroristas./com AP e NYT

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