TEL-AVIV - Bombardeios israelenses na Faixa de Gaza durante a madrugada desta terça-feira,16, mataram mais de 30 pessoas, incluindo mulheres e crianças, segundo registros hospitalares do enclave palestino, em meio a conversas entre Tel-Aviv e o grupo terrorista Hamas sobre um possível cessar-fogo em Gaza.
As mortes em Nuseirat e Zawaida ocorreram dias depois de o Hamas ter dito que as negociações para uma trégua na guerra continuariam mesmo depois de Israel ter tentado matar Mohammed Deif, um dos principais comandantes militares do grupo terrorista no sábado, 13. O paradeiro de Deif é desconhecido, mas 90 palestinos morreram após o ataque, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas.
Mediadores internacionais estão pressionando por um acordo entre Israel e o grupo terrorista para acabar com os conflitos que foram iniciados no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 250. Cerca de 120 reféns israelenses ainda estão em Gaza, mas nem todos estão vivos.
O Exército de Israel afirmou que “conduziu ataques direcionados a alvos terroristas” no centro de Gaza, sem dar mais detalhes. Aviões da Força Aérea atingiram cerca de 40 alvos em Gaza no último dia, entre eles postos de observação, infraestrutura militar do Hamas e edifícios equipados com explosivos.
A guerra já deixou mais de 38 mil mortos no enclave, segundo o ministério da Saúde gerido pelo Hamas, que não faz distinção entre combatentes e civis na sua contagem. O conflito desencadeou uma catástrofe humanitária no território costeiro, deslocando a maior parte dos seus 2,3 milhões de habitantes para a região sul da Faixa de Gaza.
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A violência também aumentou na Cisjordânia durante a guerra e um palestino esfaqueou um policial israelense nesta terça-feira. O policial teve ferimentos leves e o agressor foi morto no local./AP
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