PACARAIMA - Um grupo de turistas brasileiros passou a madrugada desta terça-feira, 26, no vice-consulado em Santa Elena do Uairén, cidade venezuelana mais próxima de Roraima. Eles tentam retornar ao País e escapar do fechamento da fronteira decretado na quinta-feira pelo presidente bolivariano Nicolás Maduro.
A representação diplomática brasileira aguarda um comunicado de Caracas para iniciar o traslado do grupo em ônibus. Só com esse aval os militares chavistas abrirão a passagem na fronteira. Muitos turistas que faziam compras ou visitavam amigos dormiram no chão do vice-consulado para não perder a preferência na fila de inscrições, que teria mais de 70 nomes.
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Tratativas semelhantes deram certo para permitir a passagem de um grupo de 25 turistas que fazia caminhada por oito dias no Monte Roraima, e também ficou retido em Santa Elena, onde se depararam com um cenário de destruição e confrontos no retorno.
Com uma autorização especial obtida após apelos diplomáticos e tratativas militares, eles foram escoltados pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB) até o lado brasileiro da fronteira.
A maior parte dos brasileiros havia atravessado a fronteira antes da quinta-feira, quando Maduro antecipou-se a uma tentativa de envio caminhões com suprimentos e medicamentos. A ação foi articulada por opositores do chavismo, liderados pelo presidente interino autodeclarado Juan Guaidó, e com apoio de Brasil, Colômbia e Estados Unidos.
Os brasileiros tiveram de permanecer na cidade durante os conflitos entre militares e paramilitares leais a Maduro e venezuelanos insatisfeitos. Autoridades locais falam em 25 mortos e mais de 80 feridos na cidade de Santa Elena de Uarién.