PUBLICIDADE

Caça americano abate novo objeto não identificado no norte do Canadá

Objeto voava a grandes altitudes e foi derrubado a pedido do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

OTTAWA - O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou neste sábado, 11, que, sob sua ordem, um caça americano abateu um objeto não identificado que voava alto sobre o norte do Canadá, agindo um dia depois que aviões dos EUA realizaram uma ação semelhante no Alasca.

PUBLICIDADE

Pouco antes da mensagem no Twitter de Trudeau, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, por sua sigla em inglês) afirmou ter detectado um objeto voando em grande altitude sobre o Canadá. O Norad não forneceu mais informações, incluindo quando o objeto foi avistado pela primeira vez ou do que se trata.

Um porta-voz, major Olivier Gallant, disse que aviões de guerra canadenses e americanos que operam como parte do Norad foram acionados.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, confirmou que o objeto não identificado foi abatido no norte do país Foto: Dave Chan / AFP

No Twitter, Trudeau anunciou: “Ordenei a derrubada de um objeto não identificado que violou o espaço aéreo canadense. @NORADCommand derrubou o objeto sobre Yukon. Aeronaves canadenses e americanas foram acionadas e um F-22 dos EUA disparou com sucesso contra o objeto.”

O objeto foi o terceiro conhecido por ter violado o espaço aéreo norte-americano nas últimas duas semanas.

Em um segundo tuíte, Trudeau disse: “Falei com o presidente Biden esta tarde. As Forças canadenses irão agora recuperar e analisar os destroços do objeto. Obrigado ao Norad por manter a vigilância sobre a América do Norte.”

Neste domingo, o senador democrata Chuck Schumer afirmou que as autoridades americanas e canadenses acreditam que os objetos eram balões. Ele conversou por telefone com o conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan. “Eles acreditam que eram (balões), sim, mas muito menores do que o primeiro”, declarou.

Publicidade

Um suposto balão espião chinês passou quase uma semana voando pelo Canadá e pelo espaço aéreo dos EUA antes de ser abatido por aviões de guerra dos EUA na Carolina do Sul no último sábado.

Os militares dos EUA derrubaram um segundo objeto no espaço aéreo do Alasca na sexta-feira, embora as autoridades não tenham fornecido detalhes sobre o que era.

De acordo com o Comando Norte dos EUA, as operações de recuperação continuaram no sábado perto de Deadhorse, no Alasca, e na Carolina do Sul.

Em um comunicado, o Comando do Norte disse que não havia novos detalhes sobre qual era o objeto abatido sobre o Alasca. Ele disse que o Comando do Alasca e a Guarda Nacional do Alasca, juntamente com o FBI e as autoridades locais, estavam realizando buscas e recuperações.

Equipes da Marinha americana trabalham na recuperação dos destroços do balão abatido na Carolina do Sul  Foto: Petty Officer 1st Class Tyler Thompson / US Navy/AFP - 5/02/2023

“As condições climáticas do Ártico, incluindo vento frio, neve e luz diurna limitada, são um fator nesta operação, e o pessoal ajustará as operações de recuperação para manter a segurança”, afirma o comunicado. “As atividades de recuperação estão ocorrendo no gelo marinho.”

Acrescentou que a Marinha continuou as atividades de pesquisa e recuperação no fundo do oceano na Carolina do Sul, e a Guarda Costeira estava fornecendo segurança. Detritos adicionais foram retirados na sexta-feira e as operações continuarão conforme o tempo permitir.

Espionagem

Os EUA têm acusado o governo chinês de ter desenvolvido, com o envolvimento das Forças Armadas, um “programa” de balões para trabalhos de espionagem e que já sobrevoaram mais de 40 países nos 5 continentes. Devido à descoberta do balão espião, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, suspendeu uma viagem que tinha planeado para Pequim.

Publicidade

Os chineses admitiram que o balão era deles, mas garantiram que se tratava de um voo de pesquisa meteorológica que saiu da rota prevista. Após analisarem os destroços, os EUA rejeitaram a explicação, dizendo que a tecnologia encontrada no balão era capaz de captar sinais de comunicação./AP, NYT e EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.