A maior parte dos canadenses não quer que o governo local banque as despesas dos duques de Sussex, Harry e Meghan, caso eles decidam viver no país, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 15.
O levantamento realizado pela empresa Angus Reid mostra que 73% da população do país não quer o governo seja responsável pelos custos de moradia do neto da rainha Elizabeth II e sua esposa, incluindo o esquema de segurança que os protege, no Canadá.
Só 3% dos entrevistados disseram apoiar que o Canadá assuma todos os custos do casal. Outros 19% afirmaram que não importariam se o governo quitasse parte das despesas de Meghan e Harry no país.
Elizabeth II é oficialmente rainha do Canadá, uma monarquia parlamentarista em que o chefe de Estado, cargo batizado como governador geral, atua em nome e em representação da monarquia britânica. O ocupante do posto, porém, é indicado pelo primeiro-ministro do país.
Os duques de Sussex abalaram a família real na semana passada ao informarem que desejavam deixar de serem "membros sêniores" da monarquia e dividir seu tempo entre o Reino Unido e o Canadá.
O anúncio ocorreu depois de Harry e Meghan voltarem a Londres após passarem seis semanas de férias no Canadá. A duquesa já havia vivido no país antes de se casar devido às gravações do seriado americano "Suits", em Toronto.
Apesar dos laços com o Canadá, a pesquisa da Angus Reid, que consultou 1.154 pessoas, destaca que 66% dos cidadãos do país consideram que a Casa de Windsor, liderada por Elizabeth II, está perdendo ou perdeu a relevância.
Cerca de 45% dos ouvidos, inclusive, acham que o Canadá deveria deixar de ser uma monarquia constitucional no futuro.
No entanto, paradoxalmente, Harry é o membro da família real britânica mais popular no Canadá. Segundo a pesquisa, 69% da população tem uma imagem positiva do príncipe.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que o governo do país não tem qualquer influência na decisão dos duques sobre o seu futuro.
Já o ministro de Finanças, Bill Morneau, disse que não sabe se a segurança do casal - valor que poderia chegar a US$ 1,3 milhão por ano - será bancada com dinheiro público. /EFE
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