Câncer do rei Charles III foi detectado precocemente, afirma primeiro-ministro britânico

Monarca suspendeu os compromissos públicos, mas continuará com os negócios do Estado - como reuniões - e não entregará suas funções constitucionais como chefe de Estado

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Por Redação

LONDRES - O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse nesta terça-feira, 6, que ficou “chocado e triste” ao saber que o rei Charles III tem câncer, mas que está aliviado porque a doença foi detectada precocemente.

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O Palácio de Buckingham anunciou na noite de segunda-feira que o rei começou o tratamento ambulatorial para uma forma não revelada de câncer. O câncer foi descoberto durante seu recente tratamento para um aumento da próstata, mas não está relacionado a essa condição, disse o palácio.

“Felizmente, isso foi detectado precocemente”, disse Sunak à rádio BBC, acrescentando que, como primeiro-ministro, ele “continuaria a se comunicar com ele normalmente”.

Rei Carlos III recebe Rishi Sunak durante audiência no Palácio de Buckingham, em Londres, onde convidou o recém-eleito líder do Partido Conservador, que se tornaria primeiro-ministro e formaria um novo governo, em 25 de outubro de 2022. Foto: Aaron Chown / AP

“Ele estará em nossos pensamentos e em nossas orações. Muitas famílias em todo o país que estão ouvindo isso devem ter sido tocadas pela mesma coisa e sabem o que isso significa para todos”, disse Sunak. “Portanto, vamos apenas torcer por ele e esperamos que isso seja resolvido o mais rápido possível.”

Com menos de 18 meses de reinado, o monarca de 75 anos suspendeu os compromissos públicos, mas continuará com os negócios do Estado - incluindo reuniões semanais com o primeiro-ministro - e não entregará suas funções constitucionais como chefe de Estado.

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O palácio disse que Charles, que geralmente goza de boa saúde, “permanece totalmente positivo em relação ao seu tratamento e espera retornar ao serviço público completo o mais rápido possível”.

Charles se tornou rei em setembro de 2022, quando sua mãe, a Rainha Elizabeth II, morreu aos 96 anos, após 70 anos no trono.

A notícia do diagnóstico do rei chega no momento em que sua nora Kate, Princesa de Gales, se recupera de uma cirurgia abdominal que a deixou hospitalizada por cerca de duas semanas.

Kate continua dando um tempo nos deveres reais enquanto se recupera. Seu marido, o príncipe William, que é herdeiro do trono, também tirou uma folga para cuidar dela e dos três filhos do casal, mas deve presidir uma cerimônia de investidura no Castelo de Windsor e um jantar beneficente na quarta-feira.

O filho mais novo do rei, o príncipe Harry, que deixou os deveres reais em 2020 e se mudou para a Califórnia, conversou com seu pai sobre o diagnóstico e “estará viajando para o Reino Unido para ver Sua Majestade nos próximos dias”, disse o escritório de Harry e sua esposa, Meghan. A mídia britânica informou que ele estava a caminho na terça-feira de Los Angeles.

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Charles assumiu o trono com a intenção de presidir uma monarquia mais enxuta, com menos membros da realeza sênior desempenhando funções públicas cerimoniais. Porém, com Charles e Kate temporariamente afastados, o príncipe Harry autoexilado na Califórnia e o príncipe Andrew em grande parte banido de vista devido a sua amizade com o criminoso sexual Jeffrey Epstein, a “Firma” real corre o risco de se tornar severamente sobrecarregada.

Espera-se que William e a esposa de Charles, a Rainha Camilla, assumam compromissos públicos adicionais durante o tratamento do rei. Não há planos atuais de convocar os “conselheiros de estado” - membros seniores da realeza, incluindo a rainha e o herdeiro do trono - para substituir o monarca em deveres constitucionais, como assinar leis e receber embaixadores./AP

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