Filha de JFK chama primo indicado por Trump de predador e o acusa de lucrar ao mentir sobre vacinas

Caroline Kennedy fez um apelo contundente aos senadores para rejeitar a nomeação de Robert F. Kennedy Jr. como secretário de Saúde

PUBLICIDADE

Por Beth Greenfield (Fortune)
Atualização:

Caroline Kennedy fez um apelo contundente aos senadores na terça-feira, 28, para rejeitar a nomeação de seu primo Robert F. Kennedy Jr. (RFK Jr.) como secretário de Saúde dos Estados Unidos, chamando-o de “desqualificado” e “um predador” em uma carta escrita antes da audiência de confirmação do filho do ex-senador Robert Kennedy. Caroline é filha do presidente John F. Kennedy (JFK).

PUBLICIDADE

A carta de Caroline, prima de RFK Jr., foi dirigida aos líderes dos comitês responsáveis pela revisão de sua nomeação: Mike Crapo, Ron Wyden, Bill Cassidy e Bernie Sanders. Robert F. Kennedy Jr. foi procurado para comentar as declarações da prima, mas não se manifestou. A reportagem será atualizada caso haja uma resposta.

Em um vídeo postado no X e republicado pelo seu filho Jack Schlossberg, ela lê a carta, que detalha questões que já havia levantado em novembro, quando se distanciou publicamente de RFK Jr., chamando suas ideias sobre vacinas de “perigosas”.

Segundo ela, Bobby Jr é desqualificado e lhe falta qualquer experiência relevante em governo, finanças, gestão ou medicina. “Suas opiniões sobre vacinas são perigosas e deliberadamente mal informadas”, diz. “Por si só esses fatos por si deveriam ser desqualificantes, mas são suas qualidades pessoais que representam uma preocupação ainda maior”.

Publicidade

Caroline Kennedy, embaixadora dos EUA na Austrália, foi para as redes sociais para atacar seu primo, Robert F. Kennedy Jr., na véspera de sua audiência no Senado.  Foto: Christina Simons/The New York Times


Na carta, ela diz que conhece seu primo desde sempre, pois cresceram juntos, e então teceu uma série de críticas.

“Não é surpresa que ele tenha aves de rapina como animais de estimação, pois ele mesmo é um predador”, afirma. “Ele sempre foi carismático — capaz de atrair outros pela força de sua personalidade, disposição para correr riscos e quebrar as regras.”

Ainda de acordo com a filha de JFK, isso foi especialmente verdade quando se tratou de drogas. “Vi seus irmãos mais novos e primos seguirem seu caminho de dependência de drogas. Seu porão, sua garagem e seu quarto na faculdade eram os centros da ação, onde as drogas estavam disponíveis, e ele gostava de mostrar como colocava pintinhos e camundongos no liquidificador para alimentar seus gaviões”, escreve. “Era muitas vezes uma cena perversa de desespero e violência.”

Apesar das críticas, Caroline disse que admira a disciplina que ele teve para deixar a heroína e atribuiu as muitas segundas chances que recebeu a pessoas que sentiram pena do menino que perdeu o pai.

Publicidade

Mas ela disse também que Bobby incentivou irmãos e primos a seguir o caminho do abuso de drogas: “Eles sofreram vícios, doenças e mortes, enquanto Bobby seguiu enganando, mentindo e trapaceando em sua vida.”

Ela pinta seu primo como um hipócrita em muitos aspectos. “Hoje, enquanto ele pode incentivar uma geração mais jovem a frequentar reuniões de AA, Bobby é viciado em atenção e poder”, diz ela. “Bobby se aproveita da desesperança de pais de crianças doentes — vacinando seus próprios filhos,” que agora são adultos com idades entre 23 e 40 anos, “enquanto acumula seguidores ao desencorajar hipocritamente outros pais de vacinarem os seus.”

A diplomata acrescenta: “Antes mesmo de assumir este cargo, sua constante difamação do nosso sistema de saúde e as meias-verdades conspiratórias que ele tem contado sobre vacinas, incluindo no caso do surto mortal de sarampo em Samoa em 2019, já custaram vidas.”

A herdeira da família Kennedy ainda acusou o primo de se beneficiar financeiramente em sua cruzada contra as vacinas. “Ele está disposto a se enriquecer negando o acesso a uma vacina que pode prevenir quase todos os tipos de câncer cervical e que foi administrada com segurança a milhões de meninos e meninas”, disse Caroline, que é uma ardente defensora da imunização contra o HPV.

Publicidade

PUBLICIDADE

Ela acrescenta que, enquanto trabalhava no QUAD Cancer Moonshot na Austrália, soube que o câncer cervical está entre os três principais tipos de câncer entre mulheres na maioria dos países e que, a cada ano, mais de 200.000 crianças perdem suas mães, órfãs devido à falta de vacinas e triagem.

Finalmente, Caroline admite que falar contra seu primo foi uma decisão dolorosa. “Somos uma família unida e nada disso é fácil de dizer”, observa ela. “Também não foi fácil permanecer em silêncio no ano passado, quando Bobby expropriou a imagem de meu pai e distorceu o legado do presidente Kennedy para avançar em sua própria campanha presidencial fracassada — e depois se humilhou para conseguir um trabalho com Donald Trump.”

E conclui: “Bobby continua se aproveitando do assassinato de meu pai e do assassinato de seu próprio pai. É incompreensível que alguém disposto a explorar suas próprias tragédias familiares dolorosas para a fama esteja no comando da saúde nos EUA.”


c.2025 Fortune Media IP Limited

Publicidade

Distribuído por The New York Times Licensing Group

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

Comentários

Os comentários são exclusivos para cadastrados.