Castelo de Windsor: a última morada da rainha foi concluída em 1969 e abriga os pais de Elizabeth

Memorial onde será enterrado o corpo da monarca foi construído a seu pedido como um lugar especial para que o caixão de seu pai - rei George VI - repousasse

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Por Redação
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Ícone de uma era, a rainha Elizabeth II, que morreu após um reinado de 70 anos, recebeu nesta segunda-feira, 19, um último adeus em um imponente funeral de Estado na Abadia de Westminster, na presença de governantes de todo o mundo, antes de ser enterrada em uma cerimônia privada em Windsor, 40 km ao oeste da capital Londres e onde fica o famoso castelo de mesmo nome que será a última morada da rainha.

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Em Windsor, o caixão será levado para a Capela de St. George. Nesta igreja do século XV, conhecida por ter sido cenário dos últimos casamentos reais, será organizada mais uma cerimônia religiosa com 800 convidados, incluindo funcionários que trabalhavam para a rainha.

No local, a coroa, o orbe e o cetro serão retirados do caixão e colocados sobre o altar. O funcionário de mais alto escalão da Casa Real, Lorde Chamberlain, quebrará sua “vara de comando” e a colocará sobre o caixão, simbolizando o fim do reinado de Elizabeth II.

Capela de St. George abrigará o corpo da rainha Elizabeth  Foto: Jeff J Mitchell/Pool via REUTERS

Depois, em uma última cerimônia privada, reservada aos parentes mais próximos, a rainha será sepultada no Memorial George VI, um anexo onde foram enterrados seu pai - o rei George VI -, sua mãe e as cinzas de sua irmã Margaret.

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O caixão de seu marido, o príncipe Philip, será enterrado ao lado dela, depois de ser transferido da cripta real, onde está desde sua morte em abril de 2021, como último desejo de Elizabeth.

O memorial terminou de ser construído em 1969, feito justamente para abrigar o caixão do rei George VI, que morreu de forma inesperada em fevereiro de 1952, aos 56 anos. Até então, não existia um local especial designado aos seus restos mortais.

Caixão da rainha Elizabeth é transportado em Londres, antes de seguir para Windsor Foto: REUTERS/Maja Smiejkowska

O corpo do pai de Elizabeth ficou repousando na cripta real - onde estão os restos mortais de outros integrantes da família real - até 1969.

Falta de espaço

Na cripta real, continuam repousando os restos mortais de uma longa lista de soberanos entre os séculos 18 e 19, entre eles o rei George III, morto em 1820. Diante da falta de espaço no local era necessária a construção de outra capela - no que foi a primeira mudança arquitetônica no edifício.

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Elizabeth recusou a construção de um túmulo tradicional de mármore para enterrar o pai, com esfinges em tamanho natural - como é o caso dos túmulos de outros integrantes da família real que morreram antes.

A sepultura do rei George VI está coberta com uma simples tábua de mármore escuro, colocada diretamente no solo com a inscrição de seu nome.

Foi em 31 de março de 1969 que ocorreu a última cerimônia de enterro do rei George VI, com a presença da rainha Elizabeth, seu marido Phillip, a irmã de Elizabeth, Margaret, e os filhos da monarca.

A rainha mãe foi enterrada no mesmo memorial em 9 de abril de 2002, após sua morte aos 101 anos. Nesse momento, as cinzas da princesa Margaret foram trasladadas da cripta real, onde repousavam desde fevereiro de 2002, para o memorial.

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Fim da era Elizabeth

O rei George VI sempre se referiu à sua família - mulher e duas filhas (Elizabeth e Margaret) - como “os quatro”. Com a morte da rainha, o quarteto volta a estar reunido no mesmo túmulo, em sua última morada.

Elizabeth II assumiu o trono em 1952, em um Reino Unido ainda abalado pelo pós-guerra, e morreu em 2022, no pós-pandemia e Brexit.

Ela conheceu 15 primeiros-ministros, de Winston Churchill à atual Liz Truss, assim como figuras históricas que incluem o soviético Nikita Khrushchev, a madre Teresa de Calcutá e o sul-africano Nelson Mandela.

Onze dias após sua morte, o funeral de Estado, a última cerimônia antes do sepultamento da monarca, começou em Londres e durou cerca nove horas até o seu sepultamento. / AFP

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