Chanceler britânico David Cameron diz que criação de Estado palestino ajudaria a acabar o conflito

O Reino Unido defende há muito tempo uma solução de dois estados no conflito entre israelenses e palestinos; medida é rejeitada por Netanyahu

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Por Redação
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O Reino Unido pode considerar a possibilidade de reconhecer um Estado palestino como parte dos esforços para obter um acordo de paz “irreversível” e frear o conflito entre israelenses e palestinos, segundo afirmou o ministro das Relações Exteriores do país, David Cameron.

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Em um evento de recepção para embaixadores de países árabes no Parlamento britânico, o chanceler afirmou que a medida - que é rejeitada pelo primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu - ajudaria a iniciar um “processo irreversível” para acabar com o conflito.

“Devemos começar a considerar como seria um Estado palestino, o que incluiria e como funcionaria”, disse o chefe da diplomacia britânica. “Nesse momento, examinaremos com nossos aliados a questão do reconhecimento de um Estado palestino, inclusive nas Nações Unidas”, acrescentou.

Chanceler britânico David Cameron em 21 de dezembro de 2023. Foto: Mohamed Abd El Ghany / REUTERS

O embaixador palestino no Reino Unido, Husam Zomlot, celebrou essas palavras como um fato “importante”. No entanto, entre os membros do partido conservador britânico, no poder, a deputada Theresa Villiers considerou que avançar na questão do reconhecimento de um Estado palestino “recompensaria as atrocidades do Hamas”.

O Reino Unido defende há muito tempo uma solução de dois Estados. Após as palavras de Cameron, Downing Street enfatizou que Londres não mudou sua posição.

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O chanceler britânico David Cameron durante encontro no Cairo, Egito, em 21 de dezembro de 2023.  Foto: MOHAMED HOSSAM / EFE

“Sempre fomos claros de que reconheceremos um Estado palestino quando isso servir melhor à causa da paz, e estamos comprometidos com a solução de dois Estados”, disse um porta-voz do primeiro-ministro, Rishi Sunak.

David Cameron viajará ao Oriente Médio nesta semana, em sua quarta visita à região desde sua nomeação em novembro. /AFP

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