Chefe-adjunto da Inteligência da Ucrânia chama assassinato de Putin de ‘prioridade’

General Vadim Skibitski, número 2 da inteligência militar da Ucrânia, deu declarações ao jornal alemão Welt

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Por Redação
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A segunda maior autoridade no comando da inteligência militar da Ucrânia afirmou nesta quarta-feira, 24, que agentes de Kiev tentam ativamente matar o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A declaração foi dada em entrevista ao jornal alemão Welt.

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“Nossa prioridade é destruir o comandante da unidade que ordena que seus homens ataquem”, disse o general Vadim Skibitski, chefe-adjunto do departamento de Inteligência da Ucrânia, ao jornal. Questionado sobre quem seria, Skibitski foi enfático: “Putin, porque ele coordena e decide o que acontece”.

Em 3 de maio, os aposentos de Vladimir Putin no Kremlin foram atacados por drones. O russo não estava no local no momento do ataque. O episódio foi descrito pelo governo como um ataque terrorista e a Ucrânia foi a acusada de ter realizado a ação. O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, negou a autoria. Autoridades dos EUA indicam, no entanto, que as unidades militares da Ucrânia provavelmente estão envolvidos.

Imagem mostra ataque de drone contra o Kremlin em 3 de maio. Rússia acusou Ucrânia de realizar 'ataque terrorista', e país nega a autoria Foto: Ostorozhno Novosti/Reuters

Segundo o general, Putin teria ciência dos planos ucranianos. “Putin está percebendo que estamos cada vez mais perto dele, mas ele também tem medo de ser morto por seu próprio povo”, declarou. “Muitas pessoas na Rússia ainda apoiam esta ‘operação especial’ [contra a Ucrânia], mas graças às mídias sociais, sabemos quantos russos morreram no conflito e isso assusta as pessoas”, disse ele.

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Skibitski também listou outros alvos do departamento. Entre eles, estão o fundador do Grupo Wagner, Ievgeni Prigozhin, o chefe do Estado-Maior Valeri Gerasimov e o ministro da Defesa, Serguei Shoigu.

Questionado se propagandistas, oligarcas e civis também seriam considerados alvos válidos, Skibitsi afirmou: “Estamos em guerra e esses são nossos inimigos. Se uma figura importante fabrica e financia armas para [a Rússia], sua eliminação salvaria a vida de muitos civis (...) De acordo com as convenções internacionais, esse é um objetivo legítimo”.

A entrevista foi reproduzida na Rússia pela agência de notícias russa Ria Novosti. “Esta não é a primeira vez que autoridades ucranianas fazem ameaças de ataques terroristas contra os russos e aqueles que apoiam a operação militar especial. Assim, no início de maio, o chefe do departamento de inteligência do Ministério da Defesa do país, Kirill Budanov, disse que Kiev ‘matou e matará russos em qualquer lugar do mundo até a vitória completa da Ucrânia’”, destacou a agência.

A Rússia também está denunciado diversos “atos de sabotagem” dentro do país. Regiões próximas à fronteira com a Ucrânia foram atacadas esta semana, deixando 1 civil morto e 11 feridos, e a população foi retirada da região pelo governo. O ataque foi reivindicado por um grupo paramilitar denominado Legião da Liberdade da Rússia, que supostamente seria formado por russos.

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