China afasta navio de guerra dos EUA no Pacífico em novo atrito entre as potências

Pequim afirma ter advertido a embarcação a sair das águas territoriais; Washington nega ter invadido região ou ter recebido ordem de expulsão

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Por Redação

As Forças Armadas chinesas afirmaram que detectaram nesta quinta-feira, 23, a presença ilegal de um navio militar dos Estados Unidos no Mar do sul da China e expulsaram a embarcação das águas reivindicadas por Pequim. Washington nega ter entrado ilegalmente na região e a versão de que o navio foi afastado do local.

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O Comando Sul do Exército Popular de Libertação (EPL) informou que o USS Milius, um destróier com mísseis guiados, entrou em águas próximas às ilhas Spratly, também reclamadas pelo Vietnã. “O EPL organizou forças marítimas e aéreas para rastrear e monitorar (o navio) de acordo com a lei” e ordenou que abandonasse a região, afirmou o porta-voz Tian Junli.

O navio “fez uma incursão ilegal em águas territoriais chinesas (...) sem permissão do governo chinês, afetando a paz e a estabilidade na região”, acrescentou Junli. Esse é mais um episódio de atrito entre as duas potências.

Tensão entre China e EUA cresce depois da visita de Xi Jinping a Moscou  Foto: Doug Mills/The New York Times

As Forças Armadas dos EUA responderam que o comunicado do EPL “é falso”. “O estava realizando operações de rotina no Mar do sul da China e não foi expulso”, afirmou um porta-voz.

Soberania

A China reclama a soberania de quase todo o Mar do sul da China, por cujas rotas de navegação passam trilhões de dólares em comércio a cada ano, apesar de um tribunal internacional ter decidido que a reivindicação de Pequim não tem legitimidade legal.

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Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei também reivindicam a soberania de partes do mar. Washington envia navios à região com frequência para garantir a liberdade de navegação em águas internacionais.

Pequim criou ilhas artificiais no local como parte de seu esforço para sustentar sua reivindicação territorial. Algumas ilhas têm instalações militares e pistas de pouso.

Países da região denunciaram que navios chineses assediam seus barcos de pesca. / AFP

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