China anuncia que apoiará novas medidas contra Coreia do Norte

Declarações de Wang acontecem depois que o presidente Xi Jinping manteve, na quarta-feira, uma conversa telefônica com seu colega americano, Donald Trump

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PEQUIM - O ministro de Assuntos Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta quinta-feira, 7, que seu país apoiará novas medidas contra a Coreia do Norte após o último teste nuclear realizado pelo regime de Kim Jong-un.

Dada a situação na península coreana, o Conselho de Segurança da ONU "deve buscar uma resposta" com a imposição de "novas medidas", manifestou Wang em uma coletiva de imprensa em Pequim, acrescentando que as sanções são apenas parte da solução.

Em 3 de setembro de 2017, a Coreia do Norte anunciou o teste de uma bomba de hidrogênio capaz de ser montada e transportada em seus mísseis de longo alcance Foto: Korean Central News Agency/ Korea News Service via AP

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Uma nova ação da comunidade internacional deve ter como objetivo "danificar o programa de mísseis e nuclear do Governo da República Popular Democrática da Coreia, ao mesmo tempo que ajuda a retomar o diálogo e as negociações", disse o chanceler.

"Acreditamos que as sanções e a pressão são só uma parte para resolver o problema. A outra parte é a negociação", insistiu Wang em declarações após uma reunião com o vice-primeiro-ministro do Nepal, Krishna Bahadur Mahara.

"Só se combinarmos as duas" poderemos solucionar o conflito, advertiu o ministro chinês de Relações Exteriores.

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As declarações de Wang acontecem depois que o presidente Xi Jinping manteve, na quarta-feira, 6, uma conversa telefônica com seu colega americano, Donald Trump, na qual o líder chinês pediu uma resolução ao conflito pela via pacífica.

Após o teste nuclear do passado fim-de-semana, no qual o regime norte-coreano assegura ter provado sua bomba atômica mais potente até a datta, os Estados Unidos e os seus aliados advogaram por impor maiores sanções contra o regime dos Kim, mas a China ainda não tinha se pronunciado diretamente.

Trump então indicou que avaliava suspender o comércio com qualquer país que faça negócios com Pyongyang e insinuou que não descartava um ataque à Coréia do Norte.

Porém, após a conversa com Xi, o governante americano disse que a resposta militar não é sua "primeira opção". "Acredito que o presidente Xi está de acordo comigo em 100%. Tampouco quer ver o que está ocorrendo ali (na Coreia do Norte)".

Washington pressiona Pequim para que detenha a crescente ameaça norte-coreana, pois a China segue sendo o maior aliado do regime dos Kim ainda que nos últimos anos esfriou sua relação após os testes nucleares de seu vizinho.

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A China insiste que a solução passa por retomar o diálogo de seis lados (China, as duas Coreias, Japão, Estados Unidos e Rússia), que começaram em 2003 e foram paralisadas em 2009 pela retirada de Pyongyang do diálogo. / EFE

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