China faz exercícios perto de Taiwan como ‘aviso’ após vice-presidente da ilha visitar EUA

Taiwan informou ter detectado 42 aeronaves chinesas neste sábado, sendo que 26 cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma fronteira não oficial entre a ilha e o continente

PUBLICIDADE

Os militares chineses fizeram exercícios em torno de Taiwan neste sábado, 19, dias depois de o vice-presidente taiwanês, Willian Lai, ter pousado nos Estados Unidos - nas cidades de São Francisco e Nova York - durante uma viagem ao Paraguai para estreitar as relações com o último parceiro diplomático de seu governo na América do Sul.

O coronel sênior do Exército Shi Yi, porta-voz do Comando de Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA), disse neste sábado que o comando militar realizou exercícios de treinamento referentes a controle marítimo e do espaço aéreo, busca submarina e contra operações submarinas, nas águas e no espaço aéreo ao norte e sudoeste da Ilha de Taiwan. “O exercício testou a capacidade das forças em operações coordenadas e confronto sistemático”, disse o porta-voz.

PUBLICIDADE

O Ministério de Defesa de Taiwan informou no X, antigo Twitter, que as Forças Armadas da ilha detectaram 42 aeronaves neste sábado, sendo que 26 cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma fronteira não oficial considerada como limite entre a ilha e o continente. Oito embarcações também participaram da patrulha, segundo o post na rede social.

Taiwan ativou aeronaves e embarcações, assim como sistemas de mísseis terrestres, em resposta aos exercícios, e está monitorando de perto a situação, acrescentou o ministério.

Imagem cedida pela CCTV, TV estatal chinesa, mostra manobras militares da China neste sábado, 19 Foto: AP - 19.ago.2023

Taiwan e China romperam em 1949 após a guerra civil que terminou com o Partido Comunista no controle do continente. A ilha autogovernada nunca fez parte da República Popular da China, mas Pequim vê Taiwan como uma província separatista a ser retomada.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.