Colômbia: investigadores do Ministério Público são sequestrados

Sequestro foi confirmado por membros do Estado-Maior Central (EMC), a maior facção dissidente das Farc, que disseram que investigadores passam bem

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Por Redação

Dois investigadores do Ministério Público da Colômbia foram sequestrados no sudoeste do país pelo Estado-Maior Central (EMC), maior facção das dissidências das Farc que rejeitaram o acordo de paz de 2016, informaram autoridades no sábado, 20.

Os rebeldes admitiram que sequestraram os funcionários com uma acompanhante na zona rural do município de Santander de Quilichao, departamento de Cauca, e que os reféns passam bem. Segundo os dissidentes, os investigadores “foram surpreendidos em um posto de controle e registro com duas armas carregadas, além de dispositivos eletrônicos para colher informações”.

“Esperamos, por meio de órgãos internacionais, que se possam gerar as condições de segurança para a sua libertação”, acrescentou a organização.

O Ministério Público condenou “a retenção inaceitável” e pediu “respeito à vida e integridade” das vítimas.

Membro do Estado-Maior Central, o maior dissidente das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), faz guarda em uma estrada em Corinto, Colômbia Foto: Edwin Rodriguez/AP

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O governo de Gustavo Petro tenta há mais de um ano renegociar a paz com os dissidentes. Uma série de ataques contra civis e a força pública em meio à trégua firmada no fim do ano passado esgotou a paciência do presidente

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Os diálogos começaram a se diluir no mês passado, quando o governo decretou o fim do cessar-fogo bilateral em três departamentos do sudoeste do país, após o assassinato de uma líder indígena pelos rebeldes.

Em 2022, a inteligência militar estimava a força do EMC em cerca de 3.500 combatentes. A organização obtém receita do narcotráfico e da mineração ilegal./AFP.

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