Colômbia concede residência a 440 mil venezuelanos por dois anos

Mudança permitirá que pessoas anteriormente em situação irregular possam estudar, trabalhar, receber atendimento médico e aderir ao sistema de seguridade social

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BOGOTÁ - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, assinou nesta quinta-feira, 2, um decreto que concede residência especial por dois anos para 440 mil venezuelanos que estão ilegalmente na Colômbia. A permissão dará aos venezuelanos a possibilidade de estudar, trabalhar e receber atendimento médico.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, fez uma declaração na qual criticou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e insistiu na criação de uma ação humanitária para atender a população venezuelana. Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda

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Segundo Santos, um milhão de pessoas vindas da Venezuela chegaram na Colômbia nos últimos 18 meses. "São colombianos que retornaram ao país, são venezuelanos, são famílias colombiano-venezuelanas e estão em condições precárias", disse.  O presidente afirmou que um censo foi realizado e mais de 440 mil venezuelanos em situação irregular foram registrados. "Tem sido uma logística muito complexa", ressaltou.

Conforme o presidente explicou, os beneficiários da autorização poderão aderir ao sistema de segurança social e do mercado "sempre sob a política de trabalho decente". Durante seu pronunciamento, no palácio presidencial, Santos pediu ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que permita a criação de um "canal humanitário que alivie um pouco o sofrimento de seu povo. O mundo está cada vez mais aterrorizado com o que está acontecendo na Venezuela".

Além do pedido, Santos também condenou "as ações do regime venezuelano que causaram esta crise humanitária", cujos efeitos são vistos por todos os países da região. "Assim como nós condenamos este regime, somos generosos com nossos irmãos venezuelanos que sofrem as consequências das decisões do regime", disse.

O fluxo migratório sem precedentes colocou a Colômbia em uma situação delicada. Muitos dos venezuelanos que chegam ao país o fazem ilegalmente e precisam de atendimento médico. / AP

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