Esforços para construir um consenso internacional em torno de um acordo de paz durável e justo para a guerra na Ucrânia avançaram neste sábado, 5, após discussões na Arábia Saudita entre altos funcionários de 42 países, incluindo Estados Unidos, China, Índia e Ucrânia.
A Ucrânia e seus apoiadores ocidentais lançaram as negociações como um esforço para reunir apoio global para condições que levem o fim da guerra e sejam favoráveis à Ucrânia. Muitos países em desenvolvimento têm sido neutros no conflito.
Após a conclusão das negociações em Jidá, na Arábia Saudita, diplomatas disseram que havia ampla aceitação de que os princípios centrais do direito internacional, como o respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia, deveriam estar no centro das futuras negociações de paz entre a ucranianos e russos.
Houve acordo sobre a busca de um trabalho mais detalhado sobre o impacto global da guerra, e a maioria dos países presentes, incluindo a China, parecia disposta a se reunir novamente nas próximas semanas no formato atual, com a Rússia excluída, de acordo com pessoas envolvidas ou informadas sobre as conversas.
As conversas em Jidá aconteceram após discussões iniciais em Copenhague, na Dinamarca, em junho. Autoridades dos EUA e da Europa enfatizaram que as discussões não são negociações para encerrar o conflito, e que não tentarão prescrever termos específicos para um acordo.
O local da reunião no sábado carregava um simbolismo importante, já que a Ucrânia, os EUA e a Europa pressionaram para reforçar o apoio a Kiev no sul global. Diplomatas ocidentais disseram que a Arábia Saudita foi escolhida para sediar o evento, em parte, pela esperança de persuadir a China a participar, já que Riad e Pequim mantêm laços estreitos.
Como o aliado estrangeiro mais importante da Rússia, a China é vista como crucial para viabilizar as negociações, e oferece uma maneira de alimentar as discussões com alguns setores de Moscou, disseram diplomatas. Os principais líderes da Arábia Saudita e a Ucrânia pressionaram muito para que Pequim participasse.
A Arábia Saudita está tentando desempenhar um papel maior na diplomacia na Ucrânia, depois que os EUA a acusaram no ano passado de se aliar à Rússia para manter os preços do petróleo altos e reforçar as finanças de Moscou.
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