A Assembleia-Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira, 2, a resolução que repreende a Rússia pela invasão na Ucrânia e convoca Moscou a retirar imediatamente as tropas russas da Ucrânia. A resolução ganhou apoio de 141 dos 193 membros presentes na reunião extraordinária e foi votada ao final de uma rara sessão de emergência convocada pelo Conselho de Segurança.
A resolução é não vinculante, o que significa que os países não são obrigados a tomarem uma ação. A importância, portanto, é política e busca isolar a Rússia reprovando o ataque. Líderes de algumas nações, como Boris Johnson, consideram Putin um “criminoso de guerra” e já haviam pedido pela condenação.
O Brasil votou a favor da resolução, junto com outras 140 nações. Outras cinco votaram contra, e 35 se abstiveram.
Os votos contrários foram de Belarus, Coreia do Norte, Eritreia, Rússia e Síria. Entre as nações que se abstiveram, estão China, Índia, África do Sul, Irã, Cuba, entre outros.
Os 193 Estados-membros da ONU se reúnem numa Assembleia Geral extraordinária desde segunda-feira, 28, para discutir a questão. É a primeira reunião extraordinária da ONU desde 1997. Nesta quarta-feira, o embaixador da Ucrânia na Organização das Nações Unidas (ONU), Sergi Kilslisia, afirmou que a Rússia não quer só "ocupar, quer também genocídio" na Ucrânia. Kilslisia destacou que o povo ucraniano está lutando mesmo sob o ataque de mísseis russos.
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, 'louvou' o placar nas redes sociais e classificou a invasão da Rússia como "traiçoeira". "Sou grato a todos e a todos os estados que votaram a favor. Você escolheu o lado certo da história", disse.
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