Com homenagens discretas, britânicos marcam um ano da morte da rainha Elizabeth II

Sem grandes cerimônias, rei Charles III e o herdeiro do trono, William, rezaram separadamente em pequenas igrejas; Harry foi visto visitando o túmulo da avó

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Por Redação

LONDRES - Admiradores da rainha deixaram flores em frente ao Palácio de Buckingham onde, há exatamente um ano, a bandeira a meio mastro anunciava o fim de uma era com a morte de Elizabeth II. Sem grandes cerimônias, foram os tiros de canhão que soaram por todo Reino Unido em homenagem à sua monarca mais longeva.

O rei Charles III, junto com a rainha consorte Camilla, rezou em pequena uma igreja, perto do Castelo Balmoral, na Escócia, para homenagear a mãe. De todas as casas reais, essa era a preferida da rainha Elizabeth e foi escolhida por ela para passar o fim da vida até o dia em que morreu, 8 de setembro de 2022. “Recordamos com grande afeto sua longa vida, o serviço devoto e tudo o que significou para tantos de nós”, disse o rei em uma mensagem gravada.

Charles III e Camilla chegam em pequena igreja perto de Balmoral, Escócia, 08 de setembro de 2023.  Foto: Andrew Milligan/ via AP

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O príncipe William, herdeiro do trono, e a esposa Catherine também foram a missa na catedral de St Davids, em Gales, onde colocaram flores sob a foto de Elizabeth. “Todos sentimos sua falta”, disse o casal real em seu perfil nas redes socais ao divulgar uma foto da pequena cerimônia religiosa e exaltar o legado da rainha.

Harry, o filho mais novo de Charles III, que abdicou das funções da realeza e hoje vive na Califórnia com a esposa Meghan e os dois filhos foi ao Reino Unido para um evento beneficente na quinta-feira. “Ela está vendo a todos nós e está feliz”, disse ele na ocasião. Nesta sexta, Harry foi visto visitando o túmulo da avó no Castelo de Windsor.

Príncipe William e Catherine homenageiam rainha Elizabeth, Gales, Reino Unido, 08 de setembro de 2023.  Foto: REUTERS/Toby Melville

A nova era britânica

“É um dia triste”, disse à agência AFP o estudante Ross Nichol, de 22 anos, no local onde viu passar o cortejo fúnebre, que reuniu uma multidão na despedida da rainha. O momento marcava o início de um novo capítulo no Reino Unido e nas 14 nações que integram a comunidade britânica, com a chegada de Charles III ao trono.

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Flores são colocadas sob foto da Rainha Elizabeth na Catedral de St Davids, em Gales, Reino Unido, 08 de setembro de 2023. Foto: TOBY MELVILLE / AFP

Depois da longa espera, o primeiro ano de Charles III como rei tem sido marcado pela continuidade. Conhecido pelo ativismo nas causas ambientais, o novo rei tem focado em adotar um papel mais diplomático agora que está à frente da Coroa.

Bem menos popular que a mãe, o rei viu o aumento das manifestações contra a monarquia em suas viagens pelo país, em particular durante a cerimônia oficial de coroação, em 6 de maio.

Entretanto, apesar dos questionamentos sobre o futuro da monarquia que marcaram o início dessa nova fase, uma pesquisa recente mostrou que o Palácio ainda é bem quisto pela maioria dos britânicos. O levantamento feito pelo instituto YouGovs indicou que 59% dos entrevistados consideram que o rei faz um “bom trabalho”, contra 17% que pensam o contrário./AFP

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