Depois de um 2024 marcado pelo agravamento da crise política e social, a Venezuela promete começar 2025 com novos desdobramentos. Duas posses presidenciais trarão mudanças para o cenário: em Caracas em 10 de janeiro e a de Donald Trump nos Estados Unidos no dia 20. Entenda em menos de sete minutos, como a Venezuela deve ser um dos temas centrais da política externa americana a partir de agora.
O ditador Nicolás Maduro não dá indícios de que entregará o poder já que diz, sem apresentar as provas, que venceu as eleições realizadas em 28 de julho. Já Edmundo González Urrutia, opositor reconhecido como o verdadeiro vitorioso por diversos países com base em 80% das atas eleitorais, está exilado na Espanha, mas promete viajar à Caracas para assumir seu posto.
Dez dias depois, ao norte, o americano Donald Trump retornará à Casa Branca para um novo mandato cujo principal mote será sua política migratória de deportação em massa. Tal política tornará estas duas nações intrinsecamente conectadas, já que grande parte dos migrantes sem documentos nos Estados Unidos são venezuelanos que fugiram da crise econômica, política e social de seu país.
Embora esta seja a segunda vez que Trump e Maduro coexistirão como líderes, podemos esperar um cenário muito diferente daquela primeira relação. Em seu primeiro mandato, Trump exerceu uma política de máxima pressão sobre a ditadura, isolando Maduro e reconhecendo Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Agora a expectativa é de relações mais benéficas para Maduro que terá na migração uma importante arma de manipulação.
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