Como funciona o Domo de Ferro, arma de Israel para se proteger dos ataques do Hezbollah

Sistema antimísseis contribuiu para que os israelenses não tivessem nenhuma casualidade durante o ataque do Hezbollah

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Por Redação
Atualização:

As Forças de Defesa de Israel (FDI) não relataram nenhuma morte do lado israelense na mais recente troca de fogo com a milícia xiita libanesa Hezbollah na madrugada deste domingo, 25. Apesar de estar em guerra com o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e trocar ataques com outros grupos armados da região, Tel-Aviv consegue reduzir o número de mortes por conta do sistema antimísseis Domo de Ferro.

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O sistema foi desenvolvido pelos Estados Unidos, como forma de proteger Israel de ataques na região, e tem capacidade de derrubar foguetes e mísseis de curto alcance. A arma tem sido bastante usada desde outubro do ano passado, quando uma guerra começou em Israel após terroristas do Hamas invadirem o sul de Israel, matarem 1,2 mil pessoas e sequestrarem 250.

O Domo de Ferro também foi importante para repelir o ataque do Irã, em abril, que contou com 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis, a maior ofensiva da história do país persa.

Confira como funciona o sistema:

Domo de Ferro israelense sendo usado para interceptar foguetes disparados do Líbano, no dia 12 de abril Foto: Ayal Margolin/Reuters

Como funciona o Domo de Ferro?

Criado pelas empresas israelenses Rafael Advanced Defense Systems e Israel Aerospace Industries, com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos, o Domo de Ferro foi criado em 2011 com dois sistemas separados, conhecidos como a Flecha e a Funda de David, desenhados para ataques de médio e longo alcance.

O Iron Dome, como é chamado em inglês, possui interceptadores que são disparados de unidades móveis ou estáticas, projetados para explodir os foguetes no ar. Segundo o governo de Israel, o nível de eficácia é de 90%. O sistema consegue prever ainda se o foguete inimigo tem uma trajetória com risco de atingir uma área povoada ou alvos de infraestrutura.

Apesar do financiamento inicial do projeto ter sido bancado por Israel, o governo americano autorizou duas rodadas de verbas para aprimorar o Domo de Ferro, em 2010 e em 2013, num valor que soma quase US$ 900 milhões. Cada bateria antiaérea custa US$ 50 milhões e os projéteis que destroem os foguetes são avaliados em US$ 80 mil.

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Críticos ao projeto, afirmam que ele pode prolongar o conflito de Israel com seus vizinhos, em especial os palestinos, já que o Domo de Ferro ajudaria o país a postergar ações efetivas que evitem os conflitos. Defensores do sistema dizem que ele evitou que Israel enviasse tropas para Gaza, por exemplo, em diversas oportunidades, além de ser relativamente barato./ COM WASHINGTON POST, AP, NYT

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