SANTIAGO - Irina Karamanos, a companheira do presidente do Chile, Gabriel Boric, vai abdicar das funções que a primeira-dama tem no país e passá-las para “profissionais designados por ministros”.
Ela fez o anúncio de uma reformulação completa no cargo de primeira-dama na quarta-feira, 5. Esta era uma das bandeiras defendidas por Irina Karamanos, de 32 anos, durante a campanha de Boric para a presidência do Chile.
Quando Boric assumiu o governo, em março deste ano, ela assumiu o cargo de primeira-dama do Chile, dizendo que seu objetivo era “reformulá-lo de dentro”.
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Na ocasião, ela foi criticada pela oposição e também por feministas chilenas. Irina mudou o nome do cargo e criou uma nova instituição com poderes ministeriais denominada Gabinete Irina Karamanos para substituir as funções de primeira-dama.
Atualmente, o posto de primeira-dama vem com a presidência de seis fundações. Ela deixou a uma delas, e gradativamente vai passar a liderança das outras cinco fundações para os ministérios. A reformulação estará completa até o fim do ano, prometeu Irina.
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À frente da Direção Sociocultural da Presidência do Chile, Irina anunciou que, após uma mudança de estatutos, “não será mais a primeira-dama quem preside o diretório” da Fundação Integra, encarregada de administrar 1.200 creches e pré-escolas públicas ao longo do Chile.
“Este é o começo de um caminho que percorreremos gradativamente com as cinco fundações restantes para aproximá-las institucionalmente dos ministérios com os quais se vinculam tematicamente”, explicou.
O passo dado nesta terça “responde a uma inovação institucional, reflexo do compromisso com a probidade e novas formas de fazer política”, destacou, por sua vez, o presidente Gabriel Boric.
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Além de dirigir as seis fundações sociais, Karamanos participa de atividades protocolares, entre elas acompanhar o presidente Boric a uma visita recente aos Estados Unidos.
Em paralelo, “estarei acompanhando o presidente em várias atividades protocolares em qualidade de seu companheiro”, acrescentou.
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“Todas as atividades que tem como presidente das fundações é o que vai deixar de fazer, mas ela continua e mantém exatamente igual suas atividades como companheira do presidente”, explicou à AFP o gabinete de imprensa de Karamanos.
O cargo de primeira-dama não é regulamentado no Chile. Tradicionalmente, não é remunerado, mas gerencia um orçamento milionário e tem escritório no palácio presidencial de La Moneda.
Companheira de Boric desde 2019, de ascendência grega e alemã, Karamanos estudou na Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e integra a Frente Feminista do partido governista, Convergência Social. / AFP e EFE