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Congresso do Peru antecipa eleições do país para abril de 2024

Aprovação tenta conter a crise política que se agravou no país desde a tentativa de golpe do ex-presidente Pedro Castillo

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Por Redação
Atualização:

LIMA – O Congresso do Peru votou nesta terça-feira, 20, pela antecipação das eleições gerais do país para abril de 2024, previstas inicialmente para 2026. A antecipação é uma tentativa de conter a crise política que se agravou no país há duas semanas, após o então presidente Pedro Castillo tentar um golpe de Estado e em seguida ser destituído e preso.

O projeto que antecipa a eleição foi aprovado por 93 votos a favor, 30 contra e 1 abstenção dos deputados peruanos e também determina que a atual presidente, Dina Boluarte, termine o mandato em julho de 2024. Eram necessários no mínimo 87 votos para a aprovação. Dina Boluarte, cuja renúncia também está nas exigências dos manifestantes, garante que está disposta a deixar o poder dentro dos novos prazos.

Manifestante celebra asilo político concedido pelo México nesta terça-feira, 20, a mulher de Pedro Castillo, Dina Boluarte. Peru enfrenta manifestações desde a destituição de Castillo Foto: Bienvenido Velasco / EFE

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A antecipação das eleições, previstas para 2026, é uma demanda de classes políticas e de movimentos sociais do Peru que realizam protestos no país desde a destituição de Pedro Castillo. Até o momento, as manifestações deixaram 26 mortos em diferentes partes do país.

Inicialmente, havia um projeto para as eleições gerais acontecerem em 2023, mas os deputados recusaram essa proposta no dia 16. A proposta de Dina Boluarte foi antecipar para 2024, com a justificativa de tempo para o governo fazer reformas eleitorais antes do pleito.

Boluarte assumiu a presidência do Peru dizendo que ficaria até 2026, quando estava previsto o fim do atual mandato, mas voltou atrás após os protestos eclodirem no país e os manifestantes pedirem a sua renúncia e uma Assembleia Constituinte.

Persona non grata

O Peru concedeu o salvo-conduto para que a família do ex-presidente destituído, Pedro Castillo, possa ir para o México, que lhes concedeu asilo, e declarou “persona non grata” o embaixador do México em Lima, Pablo Monroy Conesa. O diplomata tem 72 horas para deixar o país, segundo a decisão.

A chanceler peruana, Ana Cecilia Gervasi, disse nesta terça-feira que a decisão do governo responde às “reiteradas manifestações” do México “sobre a situação política do Peru, que constituem interferência em nossos assuntos internos. A família de Castillo ingressou nesta terça-feira na embaixada mexicana em Lima. /AFP

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