Congresso dos EUA proíbe Trump de vender armas para sete países sem autorização prévia

Arábia Saudita está na lista dos países; expectativa é que o presidente americano vete a proibição

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Por Redação
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WASHINGTON - A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 17, uma medida que proíbe o presidente Donald Trump de vender armas para Arábia Saudita, Reino Unido, Itália, Espanha, Irlanda do Norte, Emirados Árabes Unidos e Jordânia sem a autorização prévia do Congresso.

Resolução aprovada não cita os motivos para a proibição Foto: Erin Schaff/The New York Times

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Aprovada com 238 votos a favor, entre eles os de quatro republicanos, e 190 contra, a medida já havia passado pelo Senado, mas a expectativa é que o presidente americano exerça seu poder de veto para impedir que a proibição entre em vigor.

A resolução não cita os motivos para a proibição, mas todos os países europeus incluídos comercializam armas com a Arábia Saudita. A Espanha, por exemplo, vendeu 932,3 milhões de euros para os sauditas entre 2015 e 2017, segundo dados oficiais.

Os congressistas concordaram com a análise do Senado, controlado pelos republicanos, que a declaração de emergência nacional feita por Trump para justificar a venda de armas para esses países foi só uma manobra para esvaziar o poder do Congresso.

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O Departamento de Estado anunciou em maio a venda de US$ 8,1 bilhões em armas para Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Jordânia, recorrendo à declaração de emergência nacional para evitar que o Congresso fosse consultado.

A Câmara dos Representantes chegou a aprovar recentemente uma resolução que pedia a suspensão do apoio militar americano à Arábia Saudita após a divulgação de relatórios ataques da coalizão liderada por Riad contra civis no Iêmen. Trump vetou a medida.

O Congresso americano também tem criticado com veemência o governo saudita pelo envolvimento na morte do jornalista Jamal Khashoggi.

Como resposta, o governo de Trump argumentou que a negociação das armas manda uma "mensagem ao Irã", acusado pelos EUA de tentar desestabilizar a região. / EFE

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