Coreia do Norte ameaça suspender negociações se Seul e Washington não pararem exercícios militares

Pyongyang se manifestou após manobras conjuntas entre Coreia do Sul e EUA; realização de cúpula entre Kim Jong-un e Donald Trump também é incerta

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O líder norte-coreano, Kim Jong-un, abriu o caminho para conversas com Seul em um discurso de ano-novo, no qual pediu por uma redução das tensões e sinalizou uma possível participação da Coreia do Norte nas Olimpíadas de Inverno Foto: KCNA/via REUTERS

SEUL - A Coreia do Norte criticou a Coreia do Sul nesta quinta-feira, 17, pelos exercícios militares realizados conjuntos realizados por americanos e norte-coreanos e afirmou que não voltará às negociações até que questão seja resolvida. Os comentários foram feitos um dia depois que Pyongyang cancelou uma reunião entre funcionários de alto escalão com o Sul e ameaçou cancelar a cúpula histórica com o presidente americano, Donald Trump, marcada para o dia 12 de junho.

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Analistas dizem ser improvável que a Coreia do Norte de fato pretenda abrir mão da via diplomática com Seul e Washington. O mais provável é que estejam tentando ganhar alguma vantagem antes das negociações entre Kim Jong-un e Trump. A Agência Central de Notícias Coreana (KCNA) citou o presidente da agência de assuntos intercoreanos, Ri Son-gwon, que acusou Seul de ser "um grupo ignorante e incompetente, desprovido de entendimento sobre a situação atual".

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Ri disse que os exercícios militares foram "extremamente aventureiros" e estavam praticando um ataque contra a Coreia do Norte. Ele acrescentou que será difícil retomar as conversas diplomáticas com a Coreia do Sul "a não ser que a situação séria que levou à suspensão das conversas de alto escalão seja resolvida".

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Horas antes das declarações, o governo sul-coreano informou que estava trabalhando para incentivar a diplomacia com Pyongyang e a cúpula entre Kim e Trump. O Sul instou o Norte a cumprir os acordos firmados com o presidente Moon Jae-in durante a cúpula do mês passado, onde emitiram votos a favor da "completa desnuclearização" da península e prometeram a paz permanente. / AP

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