SEUL - A Coreia do Norte disparou nesta segunda-feira (hora de Brasília e terça-feira na hora local) dois projéteis não identificados da Província de Hwanghae Sul em direção ao mar, informou o Comando das Forças Armadas da Coreia do Sul, enquanto a chancelaria da Coreia do Norte protestava contra um exercício militar conjunto entre os EUA e a Coreia do Sul.
O Departamento de Estado americano disse que “continuará monitorando a situação e fará consultas com seus aliados Japão e Coreia do Sul.
A Coreia do Norte afirmou que as manobras militares entre Estados Unidos e Coreia do Sul representam uma "violação flagrante" aos esforços de paz na Península Coreana e refletem uma falta de "vontade política" para melhorar as relações.
Os comentários de um porta-voz não identificado do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano foram divulgados pela agência estatal norte-coreana KCNA, depois dos lançamentos dos projéteis, segundo a agência sul-coreana Yonhap, que citou o chefe do Estado-Maior.
Ataques virtuais
A Coreia do Norte obteve estimados US$ 2 bilhões para seus programas de armas de destruição em massa se utilizando de ataques virtuais “amplos e de sofisticação cada vez maior” para roubar de bancos e corretoras de criptomoedas, de acordo com um relatório confidencial da ONU visto hoje pela agência Reuters.
O governo de Pyongyang também “continuou a aprimorar seus programas nuclear e de mísseis embora não tenha conduzido um teste nuclear ou um lançamento de míssil balístico intercontinental”, dizia o documento dirigido ao comitê de sanções para a Coreia do Norte do Conselho de Segurança da ONU, composto por especialistas independentes que monitoram o cumprimento das medidas nos últimos seis meses.
A missão norte-coreana nas Nações Unidas não respondeu a um pedido de comentários sobre o relatório, que foi submetido ao comitê do Conselho de Segurança da ONU na semana passada.
Os especialistas disseram que a Coreia do Norte “utilizou o ciberespaço para lançar ataques cada vez mais sofisticados para roubar fundos de instituições financeiras e corretoras de criptomoedas para gerar receitas”. A internet também foi utilizada para lavar o dinheiro roubado, dizia o documento. / REUTERS e AFP
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