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Coreia do Norte torna política nuclear ‘irreversível’ e autoriza ataques preventivos

Nova lei permite ataque imediato quando o centro de comando nacional ou arsenal nuclear estiverem em risco

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Por Redação
Atualização:

SEUL - A Coreia do Norte promulgou nesta quinta-feira, 8, uma nova lei tornando sua política nuclear “irreversível” e permitindo ataques preventivos em casos em que o governo ou o arsenal nuclear do país estejam ameaçados. A aprovação da norma ocorreu durante sessão plenária da Assembleia Nacional Suprema, segundo a mídia estatal. Para Kim Jong-un, a medida impede qualquer negociação sobre a desnuclearização.

“Nós nunca vamos renunciar às armas nucleares e não há absolutamente nenhuma desnuclearização, nenhuma negociação e nenhuma moeda de troca no processo”, disse o líder supremo em discurso ao Legislativo. Ele acusa os Estados Unidos de tentarem derrubar o regime norte-coreano, pressionando-o com sanções para abandonar o programa de desenvolvimento de armas nucleares.

Em Seul, sul-coreanos assistem à notícia do pronunciamento de Kim Jong-un ao Legislativo norte-coreano. Foto: Anthony Wallace/ AFP

Kim qualificou a abordagem de Washington como “um erro de julgamento e erro de cálculo” que não terá efeito nem “em centenas de anos”. O líder norte-coreano declarou que, para que haja qualquer mudança em sua política nuclear, primeiro seria necessária uma mudança na situação política e militar na península coreana e no mundo.

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A Coreia do Norte mantém as fronteiras fechadas desde o início da pandemia de covid-19, em 2020, e rejeitou ofertas de diálogo feitas por Seul e Washington desde então. Em 2021, o regime norte-coreano aprovou um plano de modernização de armas de cinco anos. Isso provocou cerca de 20 lançamentos de projéteis.

Há rumores de que a Coreia do Norte está se preparando para um novo teste nuclear, detectado por imagens de satélite. Se acontecer, será o primeiro teste atômico de Pyongyang desde 2017 e que, segundo as inteligências sul-coreana e americana, está pronto há meses para ser realizado. /EFE

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