Coreia do Sul usará armas a laser para interceptar drones norte-coreanos

Sistema ‘Block-I’ tem o objetivo de atingir placas de circuito e outros equipamentos em drones inimigos para causar mau funcionamento e queda em solo

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Por Redação

A Coreia do Sul disse na quinta-feira, 11, que começará a implantar sistemas de armas a laser projetados para interceptar drones norte-coreanos, que causaram preocupações de segurança ao país nos últimos anos.

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A Administração do Programa de Aquisição de Defesa da Coreia do Sul disse que implantará pelo menos um sistema de armas a laser antiaéreas chamado “Block-I” até o final deste ano e mais nos próximos anos.

Um comunicado da agência disse que o sistema “Block-I” é capaz de lançar ataques de precisão contra pequenos drones e multicópteros que se aproximem. O sistema, desenvolvido pela empresa local Hanwha Aerospace, custa apenas 2 mil won (cerca de R$ 7,90) por disparo.

Foto fornecida pelo governo norte-coreano mostra parada militar que marcou o 70º aniversário do armistício entre as duas Coreias.  Foto: Korean Central News Agency/Korea News Service via AP

“Enfrentamos a Coreia do Norte à nossa porta e seus drones representam uma ameaça atual para nós, por isso pretendemos construir e implantar armas a laser em breve para enfrentá-los”, disse um funcionário da agência, pedindo anonimato porque não estava autorizado a falar com a mídia sobre o assunto.

Ele disse que outros países, como os Estados Unidos e Israel, estão à frente da Coreia do Sul em tecnologia de armas a laser, mas o foco principal deles tem sido em armas a laser de maior potência que podem abater mísseis balísticos que se aproximam. A Coreia do Sul também espera desenvolver essas armas a laser antimísseis, que sua agência de compras de defesa chamou de “um divisor de águas” em futuros ambientes de combate.

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O sistema ‘Block-I’

O sistema “Block-I” tem o objetivo de atingir placas de circuito e outros equipamentos em drones inimigos para causar mau funcionamento e queda em solo. Os testes do sistema de armas em 2022 e 2023 foram bem-sucedidos e comprovaram sua credibilidade, disse a autoridade.

Alguns especialistas questionaram a tecnologia. Lee Illwoo, especialista da Korea Defense Network, na Coreia do Sul, duvida da eficácia com que a Coreia do Sul pode usar suas armas a laser, já que seus sistemas de radar antiaéreo não são avançados o suficiente para detectar bem os drones norte-coreanos. Ele disse que o alcance de uma arma a laser é relativamente curto, de modo que as armas de micro-ondas de alta potência seriam melhores quando os drones inimigos estiverem voando em grande número simultaneamente.

Jung Chang Wook, chefe da think tank Korea Defense Study Forum, em Seul, disse que só daqui a cinco anos a Coreia do Sul conseguirá adquirir uma arma a laser que funcione e que possa abater os drones usados pela Coreia do Norte.

Há vários anos, a Coreia do Norte tem pilotado drones periodicamente através de sua fronteira pesadamente fortificada com a Coreia do Sul, no que os observadores chamam de testes de prontidão sul-coreana.

Em dezembro de 2022, a Coreia do Sul acusou o Norte de enviar drones através da fronteira pela primeira vez em cinco anos. A Coreia do Sul disparou tiros de advertência e lançou caças e helicópteros, mas não conseguiu abater nenhum dos drones.

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Em uma importante reunião política em dezembro de 2023, o líder norte-coreano Kim Jong Un prometeu introduzir vários tipos de equipamentos de combate não tripulados, como drones de ataque, em 2024. / AP

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