Coreia do Sul e EUA adiam manobras militares para depois das Olimpíadas de Inverno
Em conversa por telefone nesta quinta-feira, Moon Jae-in e Donald Trump concordaram em postergar os exercícios conjuntos; decisão foi tomada depois que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, expressou desejo de seu país participar do evento esportivo
"Os dois líderes decidiram que os exercícios militares dos Estados Unidos e Coreia do Sul não vão ser realizados no período olímpico, e concordaram que as Forças Armadas de ambos os países devem se concentrar em garantir a segurança dos Jogos", segundo comunicado da presidência sul-coreana.
"Acredito que ajudaria muito para assegurar o sucesso dos Jogos de Inverno de PyeongChang que o senhor mostrasse a intenção de atrasar os exercícios durante o evento", disse Moon a Trump, segundo a transcrição da conversa.
Trump concordou em adiar as manobras e disse a Moon que pode comunicar a Pyongyang que não haverá guerra durante a reunião esportiva.
Seul já havia pedido no final do ano a Washington que considerasse o adiamento dos exercícios para evitar que o regime norte-coreano, que considera estas manobras como um ensaio para invadir seu território, responda realizando um novo teste nuclear.
Publicidade
Retrospectiva 2017: O mundo em 10 imagens
1 / 11Retrospectiva 2017: O mundo em 10 imagens
Retrospectiva 2017: O mundo em 10 imagens
O ano de 2017 pelo mundo foi marcado por diversos episódios trágicos, como desastres naturais e perseguições à minoria muçulmana rohingya, além de pro... Foto: AFP PHOTO / Brendan SmialowskiMais
Posse de Trump
No dia 20 de janeiro, o magnata republicano Donald Trumpassumiu a presidência dos EUAdepois de vencer as eleições com o slogan "América em primeiro lu... Foto: AFP PHOTO / DOMINICK REUTERMais
Crise climática
Dois anos depois da assinatura do Acordo de Paris para lutar contra as mudanças climáticas, 2017 foi marcado por um anúncio e vários desastres. No dia... Foto: AFP PHOTO / Thomas B. SheaMais
Tragédia em Londres
Um incêndio de grandes proporções atingiu a Greenfell Tower, no oeste de Londres, em meados de junho, deixando ao menos 80 mortos. As chamas se propag... Foto: REUTERS/Toby MelvilleMais
Acirramento das tensões na Venezuela
Em julho, depois de mais de quatro meses de violentas manifestações, a Venezuela elegeu uma Assembleia Constituinte dotada de poderes ilimitados e rej... Foto: AFP PHOTO / RONALDO SCHEMIDTMais
Washington-Moscou
Apesar da vitória de Trump nas eleições, as acusações de conluio com a Rússia ofuscaram o início de seu mandato e continuam causando dores de cabeça. ... Foto: REUTERS/Carlos BarriaMais
'Limpeza étnica' dos rohingyas
Depois dos ataques do fim de agosto contra postos da polícia de Mianmar, o Exército lançou uma operação de repressão contra aldeiasrohingyas, marcando... Foto: AFP PHOTO / K M ASADMais
Tensão com Pyongyang
Em setembro, a Coreia do Norte, que multiplicou seus testes de mísseis, realizou um novo teste nuclear, o mais potente registrado até o momento. No fi... Foto: KCNA via REUTERSMais
Ataque em Las Vegas
No início de outubro, o americano Stephen Paddock, de 64 anos, abriu fogo a partir de um quarto no 32.º andar do hotel Mandalay Bay, em Las Vegas,cont... Foto: REUTERS/Mike BlakeMais
Crise política na Catalunha
No dia 1.º de outubro, apesar da proibição da Justiça espanhola, foi realizado na Catalunha um plebiscito sobre sua independência, que foi ofuscado pe... Foto: AFP PHOTO / PAU BARRENAMais
Derrotas do EI
No Iraque, no início dedezembro, o governo anunciou a vitória sobre o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), mas, segundo os militares, a organização c... Foto: AFP PHOTO / AHMAD AL-RUBAYEMais
Além disso, nesta semana a Coreia do Sul respondeu aos gestos da Coreia do Nrote, país com o qual tecnicamente está em guerra há mais de 65 anos, propondo conversas de alto nível no dia 9 de janeiro para tratar a possível participação do Norte no evento esportivo. O regime norte-coreano ainda não confirmou se participará da reunião.
A aproximação entre os dois países pode contribuir para aliviar a tensão após os lançamentos de mísseis e os testes nucleares de Pyongyang e as beligerantes respostas de Donald Trump que marcaram 2017. / EFE e AFP