Coreia do Sul: mandado de prisão para Yoon Suk-yeol é emitido

O presidente deposto se recusou, pela terceira vez, a comparecer ao interrogatório policial sobre sua fracassada tentativa de imposição de lei marcial;

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Por Redação
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Autoridades policiais sul-coreanas apresentaram ao Tribunal de Seul uma ordem de prisão para o presidente deposto Yoon Suk-yeol. O pedido foi feito nesta segunda-feira, 30. A decisão se dá porque Suk-yeol se recusou, pela terceira vez, a comparecer ao interrogatório policial sobre a sua fracassada tentativa de imposição da lei marcial, no último dia 3 de dezembro.

O Gabinete de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Nível da Coreia do Sul, que lidera a investigação conjunta com autoridades policiais e militares sobre a tomada de poder que durou apenas algumas horas, confirmou que solicitou o mandado do Tribunal Distrital Ocidental de Seul. Eles planejam interrogar Yoon sob acusações de abuso de autoridade e orquestração de uma rebelião.

Yoon Suk-Yeol durante coletiva de imprensa em novembro deste ano.  Foto: Kim Hong-ji/KIM HONG-JI

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O mandado de prisão se dá também porque Suk-yeol bloqueou buscas policiais em seus escritórios.

Sob as leis do país, locais que potencialmente têm segredos militares não podem ser apreendidos ou revistados sem o consentimento da pessoa responsável, e é improvável que Yoon deixe voluntariamente sua residência caso o pedido de prisão seja aceito. Há também preocupações sobre possíveis conflitos com o serviço de segurança presidencial de Yoon se as autoridades tentarem detê-lo à força.

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Apesar do privilégio presidencial de imunidade contra processos criminais, tais proteções não se estendem a alegações de rebelião ou traição. Ainda não há informações de se o tribunal autorizará a prisão de Yoon ou se ele poderá ser obrigado a comparecer ao interrogatório.

Crise política na Coreia do Sul

O líder conservador foi deposto pelo Parlamento sul-coreano em 14 de dezembro e está suspenso das suas funções até que o Tribunal Constitucional decida se valida ou não a decisão dos deputados.

A crise política se agravou na semana passada, quando o seu substituto interino, o primeiro-ministro Han Duck-soo, também foi demitido pelos legisladores por se recusar a assinar leis que abrem investigações contra Yoon.

O presidente deposto enfrenta acusações criminais por insurreição que podem resultar em prisão perpétua ou até mesmo pena de morte.

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Um relatório do promotor visto pela AFP indica que Yoon autorizou as forças armadas a disparar suas armas se precisassem entrar no prédio do Parlamento no dia em que promulgou a fracassada lei marcial. A lei marcial foi revertida por ele mesmo horas depois de sua promulgação, após os deputados votarem pela sua revogação. /Com informações de AP e AFP

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