Coreia do Sul suspende três militares por participação na aplicação da lei marcial

Oposição pressiona por votação que deve definir sobre suspensão de poderes do presidente Yoon Suk Yeol no próximo sábado

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Por Redação

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira, 6, a suspensão de três oficiais de alto escalão do Exército por participação na aplicação da lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol.

Os três militares punidos são o comandante militar de Seul, o comandante das forças especiais e o comandante de contraespionagem, informou o ministério em um comunicado.

Yoon impôs a lei marcial na noite de terça-feira e enviou tropas e helicópteros ao Parlamento. A medida, inédita desde a democratização do país em 1987, desencadeou uma crise política no país.

Um homem grita para exigir que o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol renuncie em frente à Assembleia Nacional em Seul, Coreia do Sul, quarta-feira, 4 de dezembro de 2024 Foto: Ahn Young-joon/AP

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Os legisladores sul-coreanos iniciaram os procedimentos de impeachment contra o presidente poucas horas depois que o parlamento votou unanimemente para cancelar a lei marcial, forçando o Yoon a suspender sua ordem cerca de seis horas após o início.

A oposição pressiona agora por uma votação no sábado, 7, sobre um pedido de impeachment, que precisa do apoio de dois terços da Assembleia Nacional para avançar para a Corte Constitucional, que decidiria se removeria Yoon do cargo.

Em uma reviravolta no caso, o chefe do partido governista de Yoon expressou apoio à suspensão dos poderes do presidente, tornando o impeachment de Yoon mais provável.

Durante uma reunião, o líder do Partido Poder Popular, Han Dong-hun, disse que recebeu informações de que Yoon deu ordens ao comandante da contrainteligência de defesa do país para prender e deter políticos-chave com base em acusações de “atividades antiestatais” durante a lei marcial. /AFP e AP

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