Coreia do Sul tem manifestações em apoio a presidente após destituição

Na sexta-feira, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul validou o impeachment de Yoon Suk-yeol por tentar perturbar a ordem civil em 3 de dezembro

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Por Redação
Atualização:

Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado, 5, em Seul, capital da Coreia do Sul, para apoiar o presidente deposto Yoon Suk-yeol, oficialmente destituído de seu cargo na véspera por ter imposto brevemente uma lei marcial em dezembro que mergulhou o país em uma crise.

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Na sexta-feira, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul validou o impeachment de Yoon por tentar perturbar a ordem civil em 3 de dezembro.

A decisão determina a realização de eleições presidenciais antecipadas em até 60 dias.

Os partidários do presidente deposto enfrentaram a chuva e saíram às ruas. “O processo de impeachment é inválido!”, “Cancelem as eleições antecipadas!”, entoavam.

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Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado, 5, em Seul, capital da Coreia do Sul, para apoiar o presidente deposto Yoon Suk Yeol Foto: Pedro Pardo/AFP

Um dos manifestantes, Yang Joo-young, de 26 anos, disse que a decisão do tribunal “destruiu a democracia livre” do país. “Falando como alguém entre 20 e 30 anos, estou profundamente preocupado com o futuro”, acrescentou.

Ao declarar a lei marcial em dezembro, Yoon justificou a medida com base na ameaça representada pela Coreia do Norte, seu vizinho beligerante com armas nucleares, e na presença de elementos antiestatais na Assembleia Nacional.

O tribunal, no entanto, decidiu que as ações de Yoon representavam uma “grave ameaça” à estabilidade do país.

O líder deposto encontrou apoio entre figuras religiosas extremistas e “youtubers” de direita que, segundo especialistas, usaram a desinformação para conseguir apoio.

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O líder da oposição, Lee Jae-myung, é agora o favorito para a próxima eleição e seu partido adotou uma postura mais conciliatória em relação à Coreia do Norte.

“Acredito sinceramente que a Coreia do Sul está acabada. Parece que já fizemos a transição para um Estado socialista e comunista”, disse outra apoiadora de Yoon, Park Jong-hwan, de 59 anos./AFP.

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