Por conta de alegadas “questões de segurança”, o presidente deposto da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, não comparecerá à primeira audiência do julgamento de seu processo de impeachment marcada para a próxima semana. A informação foi divulgada pela defesa de Yoon neste domingo, 12.
“Preocupações foram levantadas sobre segurança e (sobre a possibilidade de) potenciais incidentes. Como resultado, o presidente não poderá comparecer ao julgamento em 14 de janeiro”, informou o advogado Yoon Kab-keun em uma declaração enviada à AFP.
Kab-keun completou afirmando que “o presidente estará presente assim que os problemas de segurança forem resolvidos”.
O Tribunal Constitucional marcou cinco datas de audiência entre os dias 14 de janeiro e 4 de fevereiro para o julgamento, que deverá ocorrer mesmo sem Yoon comparecer ao tribunal.
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Suspenso do cargo por uma moção de impeachment apresentada pela Assembleia Nacional, ele se refugia na residência presidencial, protegido por um corpo de guardas de elite.
Yoon resistiu à prisão na semana passada em um impasse de mais de cinco horas entre o serviço de segurança presidencial e os investigadores da agência anticorrupção do país. A declaração de lei marcial no início de dezembro de 2024 mergulhou a Coreia do Sul em sua pior crise política em décadas e é a causa da deposição do presidente.
Se for preso, Yoon se tornará o primeiro presidente do país em exercício a ser detido. Ele é investigado por acusações de “insurreição” e, se condenado, pode ser sentenciado até mesmo à pena de morte.