Corgis da rainha Elizabeth II: paixão da monarca por cães a acompanhou por toda a vida

A família real tornou popular a pequena raça de pernas curtas originária do País de Gales que passou um tempo ameaçada

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Por Redação
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Os corgis da rainha Elizabeth II foram os servos mais leais da monarquia, proporcionando à rainha companhia doméstica por quase um século, até sua morte, aos 96 anos, nesta quinta-feira, 8.

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A rainha e seus corgis são tão parte da memória britânica quanto chá e bolo. A família real tornou popular a pequena raça de pernas curtas originária do País de Gales que passou um tempo ameaçada.

Os pequenos cães cor de areia com orelhas pontudas eram uma presença permanente na corte de Elizabeth II, seguindo-a por todos os cômodos do Palácio de Buckingham, além de aparecer em fotos e retratos oficiais.

A rainha Elizabeth II com seus corgis nas escadarias do Castelo de Windsor Foto: Annie Leibovitz/Reuters - 20/04/2022

Eles ainda ganharam um papel no vídeo que a rainha estrelou ao lado do ator Daniel Craig, interpretando James Bond, para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

A rainha parou de criar corgis quando completou 90 anos para não deixá-los órfãos após sua morte. A morte em 2018 de Willow, o último de seus corgis, encerrou a dinastia.

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Em 1936, a então princesa Elizabeth segura seu corgi ao lado de sua irmã, a princesa Margaret; paixão de uma vida toda Foto: AP - 5/7/1936

Mas em fevereiro de 2021, seu filho Andrew deu a ela dois pequenos dorgis - uma mistura de dachshund e corgi -, Muick e Fergus, para animá-la durante a internação de seu marido, o príncipe Philip, que morreu pouco depois, em 9 de abril.

Elizabeth II encontrou conforto caminhando com eles pelos terrenos do Castelo de Windsor, mas Fergus morreu inesperadamente em maio daquele ano.

A rainha amava tanto seus corgis que supervisionava pessoalmente sua dieta diária, de acordo com o livro de Brian Hoey “Pets by Royal Appointment”, que traça os animais de estimação da realeza britânica desde o século 16.

Um funcionário preparava o jantar dos cães, composto por um bife e um peito de frango, que era servido todos os dias às 17h em ponto. A própria rainha chegou a servir o banquete.

Em seu livro, Hoey sugere que a monarca preferia a companhia de animais à de humanos. A realeza “desconfia de quase todos fora de sua própria família, então as únicas criaturas em que realmente confia não são da espécie humana”, disse ele.

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Mas nem todos no Palácio de Buckingham tinham o mesmo entusiasmo. Dizem que o príncipe Philip era avesso a esses animais porque eles latiam muito, de acordo com Hoey.

A rainha criou dezenas de corgis em vida e alguns deles se tornaram fonte de dor. Um de seus favoritos, Pharos, teve que ser sacrificado depois de ser violentamente atacado pelo bull terrier inglês de sua filha, a princesa Anne, em 2003.

Ameaçada de extinção em 2014, quando apenas 274 exemplares foram registrados, a raça vivenciou um renascimento quando anos depois a produtora de televisão Netflix os retratou ao lado de Elizabeth II na série de sucesso “The Crown”, que narra seu reinado.

Assim, os corgis voltaram à moda. Desde que a primeira temporada foi ao ar em 2017, os registros de filhotes de corgis aumentaram constantemente, quase dobrando entre 2017 e 2020, de acordo com o Kennel Club, a maior organização de saúde canina britânica. Em 2018, a instituição conseguiu removê-los da lista de raças de cães em perigo de extinção./AFP

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