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Coroação de Charles III terá uma das maiores operações de segurança da história do Reino Unido

Planejamento incluí a presença de franco-atiradores, reconhecimento facial, agentes à paisana e uma zona de exclusão aérea sobre o centro da cidade

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - A coroação de rei Charles III do Reino Unido terá uma das “mais importantes operações de segurança” que o Reino Unido já viu, segundo o governo britânico. As autoridades tentam tranquilizar a população após a detenção de um homem em frente ao Palácio de Buckingham na terça-feira, 2.

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Mais de 2.000 pessoas, incluindo chefes de Estado, reis e membros de várias monarquias, políticos e representantes da sociedade civil, participarão da cerimônia na Abadia de Westminster, no centro de Londres, no sábado (6). A cerimonia contará com a presença do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que já está na capital do Reino Unido.

Dezenas de milhares de curiosos vão lotar o Mall, a grande avenida que começa no Palácio de Buckingham, para ver passar a carruagem real, acompanhada em procissão por milhares de soldados em uniforme de gala, para a primeira coroação de um monarca britânico em 70 anos.

O rei Charles III acena para os suditos na saída do Palácio de Buckingham, em Londres, Reino Unido  Foto: Toby Melville / AP

Apesar de o rei querer organizar um evento de menor magnitude do que a coroação de Elizabeth II em 1953 ou o funeral dela em setembro, o ato exigirá uma imponente operação de segurança.

Apelidado de “operação orbe de ouro”, o dispositivo para proteger a rota de entrada e saída da abadia incluirá franco-atiradores nos telhados e agentes à paisana, detectores de metais, cães farejadores e uma zona de exclusão aérea sobre o centro da cidade.

A polícia também usará a tecnologia de reconhecimento facial nas ruas. “A lista de observação se concentrará naqueles cuja presença causaria preocupação, incluindo pessoas procuradas por crimes ou com um mandado de prisão pendente”, disse a Scotland Yard em um comunicado.

“Teremos a maior mobilização de oficiais em um único dia em décadas, com pouco mais de 11.500 agentes de serviço”, disse o vice-comissário adjunto Ade Adelekan.

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Um detido

Será “uma das operações de segurança mais importantes que o país já viveu”, apontou o secretário de Estado da Segurança, Tom Tugendhat. “Nossos serviços de inteligência e nossas forças de ordem estão totalmente cientes dos desafios que enfrentamos e estão prontas para enfrentá-los, assim como a polícia fez ontem”, disse ele à Times Radio.

No final da tarde de terça-feira, policiais prenderam um homem do lado de fora do Palácio de Buckingham, que havia jogado objetos semelhantes a cartuchos de fuzil pelo portão de metal.

Súditos com cartazes celebrando o dia da coroação do rei Charles III na frente do Palácio de Buckingham  Foto: Clodagh Kilcoyne/ REUTERS

Por “precaução”, a polícia procedeu a uma explosão controlada de um saco suspeito transportado pelo detido e, embora estivesse armado com uma faca, afirmou não considerar o incidente um ato terrorista.

Charles III não estava no palácio na ocasião, mas horas antes havia recebido ali o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, em um dos primeiros encontros bilaterais do monarca com seus convidados, que na sexta-feira receberá, entre outros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Manifestações

A casa real britânica negou informações de que a operação custaria cerca de 100 milhões de libras (US$ 125 milhões), o que atraiu críticas em um momento em que muitos britânicos sofrem com a alta do custo de vida.

“Vi várias estimativas, algumas mais extravagantes do que outras”, disse um porta-voz do palácio.

“Uma ocasião nacional como esta, um grande evento de Estado, atrai um enorme interesse mundial que mais do que compensa as despesas envolvidas”, acrescentou.

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Além de possíveis ataques, a polícia vai monitorar manifestantes, ambientalistas ou antimonarquistas, que buscam “perturbar a ordem pública”, disse ele, prometendo “firmeza” e “tolerância zero”.

Duas pessoas usando máscaras do rei Charles III e da rainha consorte Camila Parker-Bowles Foto: Petr Josek / AP

“O direito de protestar é fundamental e isso não vai mudar”, disse um porta-voz do primeiro-ministro Rishi Sunak a repórteres. Mas “esperamos que o mundo inteiro se reúna” no sábado e reconheça a coroação como uma ocasião de “unidade nacional”, acrescentou.

O grupo antimonarquia “Republic” espera reunir pelo menos mil pessoas para vaiar a procissão real em Trafalgar Square, mas garantiu que não pretende “de modo algum” prejudicar o seu desenvolvimento./AFP

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